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Arno Kunzler

Viva a verdade!!!

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Certo ou errado, eles estão cumprindo o que prometeram durante suas campanhas eleitorais.

Nesse sentido, parabéns à verdade.

Porque faz muito tempo que vemos políticos prometendo tudo durante as campanhas e depois esquecendo o que prometeram.

Lembremos do caso mais emblemático do pedágio no Paraná. A promessa de Requião, ou abaixa ou acaba. Até hoje não abaixou e não acabou.

Donald Trump, gostemos ou não, disse que ia barrar imigrantes ilegais e islâmicos e surpreendeu a todos iniciando um processo para cumprir sua promessa.

Disse que ia erguer um muro entre os Estados Unidos e o México, e está cumprindo. E ainda está criando fórmulas para que seja pago pelo México, através de impostos sobre remessa de lucros das empresas e taxação de produtos importados. Ele é mesmo mais ousado do que parecia.

Além disso, prometeu proteger a indústria americana e já nos primeiros dias acabou com o tratado comercial do Pacífico.

Se essas coisas vão resolver os problemas que os americanos reclamam, não sei, mas que ele prometeu e fez, isso é algo que precisa e merece ser destacado, já que por aqui nossos candidatos, via de regra, mentem e demostram não ter receio de não cumprir o que prometem, já que, segundo eles, o povo tem memória curta.

Nossos homens públicos, de modo geral, não têm apreço nenhum à transparência e à verdade.

Mas, assim como lá, e também sob protestos e discordâncias, nosso “min Trump tupiniquin”, de São Paulo, João Doria, também prometeu aumentar a velocidade nas principais rodovias que cortam São Paulo e já nos primeiros dias fez.

Prometeu acabar com os painéis grafitados e pichados e está fazendo.

O que quero dizer aqui é que gostemos ou não das promessas de campanha, elas precisam ser cumpridas e não apenas feitas para ganhar eleição.

É isso que vem desmoralizando o regime democrático, que prevê a escolha de seus governantes pelo voto direto, a partir da apresentação de propostas através de seus candidatos.

No regime democrático é eleito, ou deveria ser, quem tem a melhor proposta, a quem recebe o apoio da maioria dos eleitores.

E se a maioria votou nessas propostas (podemos até questionar o modelo americano, mas é assim que eles querem), as propostas representam o pensamento das pessoas de uma Nação, ou de uma cidade.

Se algo merece ser enaltecido nesses dois episódios é a prática da verdade, tão em desuso e massacrada na política brasileira.

O surgimento de políticos que falam o querem fazer, mesmo que seja dolorido para quem é contra, ou quem será prejudicado, tem que ser valorizado.

É assim que queremos que sejam todos os nossos políticos, que falem a verdade em suas propostas e depois pratiquem a verdade durante o governo.

Me animo a dizer que nesses dois episódios quem ganha é a democracia, é a restauração de um regime que andou perdendo adeptos.

Justamente porque os eleitores não se veem representados pelos eleitos, depois que assumiram o poder.

Esses dois estão escrevendo o primeiro capítulo de uma mudança importante no comportamento dos políticos.

Oxalá, sejamos maduros o suficiente para entendermos a importância da verdade na política.

Fazendo certo ou errado, no meu conceito, esses dois políticos aumentaram seu prestígio e aumentaram a minha esperança que é possível, sim, melhorar a política.

Se foi possível fazer isso num país como os Estados Unidos, numa cidade como São Paulo, também será em Marechal Cândido Rondon, em Toledo e em Quatro Pontes.

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