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Silvana Nardello Nasihgil

Você prefere viver ou existir?

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Quantas vezes você, mesmo rodeado de gente, olhou ao seu redor e não viu nada? Quantas vezes você já experimentou a solidão e o abandono emocional mesmo tendo um par?

Quantas vezes você achou que nada mais fazia sentido, que a vida estava vazia?

Quantas vezes você olhou para você e chorou de pena de si?

Então, não são poucas as vezes que paramos de acreditar que existem possibilidades além daquilo que estamos vivendo, porque todas essas vezes na verdade não estávamos buscando soluções, estávamos, sim, paralisados na espera do que desejamos; que possa vir de algo que é externo, pessoas ou coisas.

Existe no ser humano um traço de egoísmo em que a maioria das atitudes vem de fora para dentro. Importa mais o receber do que o dar. Uma grande parcela das pessoas busca primeiro satisfazer a si através das benesses vindas dos outros para só então olhar ao seu redor e compreender que a vida é um dar e receber. Quando não temos esse pensamento esperamos a felicidade acontecer, fazemos o básico para sobreviver nos colocando nas mãos dos outros, esperando por milagres que as lágrimas e o sofrimento nunca irão encontrar.

E nessa prisão interior vamos esquecendo o exercício de viver.

Viver não é o mesmo que existir; viver requer que nos lancemos para fora de nós; viver nos dá o direito de fazermos escolhas, de buscarmos pelo melhor. Viver faz com que nos reconheçamos com direitos de traçar metas, buscar soluções, lutar pelos nossos sonhos, ir atrás dos nossos desejos, acreditar que é possível fazer mudanças para melhor, e fazer!

Viver nos liberta de amarras absurdas, nos impulsiona a nos desafiarmos, a nos permitirmos e não nos conformarmos com o que nos é dado e não tem em si condições de nos fazer feliz.

Viver, então, constitui em um olhar de amor, amor por aquilo que somos e por aquilo que desejamos ser.

Chega um dia que precisamos compreender que aquilo que buscamos está dentro de nós, pois depende totalmente das atitudes e escolhas que fizermos.

Se escolhermos só existir, nada se fará por si só, e precisamos aceitar que haja o que houver é a escolha de não termos escolhido nada.

Viver ou existir é uma questão de escolha; é decisão pessoal, afinal, cada um sabe das suas dores e amores, do abandono e da solidão que tem se permitido viver.

Você prefere escolher viver apesar das exigências ou se abandonará no existir?

Tudo são escolhas. Que tal escolher ser feliz?

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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