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Elio Migliorança

Partiu outra vez

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Lá vai ele de novo foi a expressão utilizada por um amigo ao saber que estou de malas prontas para iniciar uma nova viagem que me levará para o outro lado do mundo. Viajar é uma questão de gosto, oportunidade e prioridade que cada um estabelece para sua vida. Viajar, além de ser uma atividade prazerosa para mim, é uma oportunidade ímpar para um aprendizado extraordinário. Conhecer pessoas, costumes, a história de outros povos e nações, comidas típicas, sistemas de produção e organização política representa a ampliação do conhecimento, o aprimoramento cultural e nos permite comparações com tudo o que temos e somos no Brasil.

Coincidentemente esta viagem terá uma ligação com a primeira grande viagem internacional realizada no distante ano de 1984, quando tive a oportunidade de visitar quatro países europeus: Itália, Suíça, Áustria e Hungria. Na época a Hungria vivia sob regime comunista russo, e visitando o país tive a oportunidade de conhecer por dentro, ao vivo e a cores, o “paraíso soviético”, um paraíso onde ninguém queria ficar pois todos os países dominados pelo regime estavam cercados pela famosa, mas cruel cortina de ferro.

O comunismo derreteu no mundo, provou ser inviável como sistema de organização dos povos, sobrevive hoje em alguns países do planeta porque é mantido à força pelas armas. Visitar a Rússia, onde estava o centro do comando comunista e que exerceu forte influência no mundo durante muitas décadas, será sem dúvida uma experiência e um aprendizado extraordinários. Conhecer as transformações ocorridas no pós-comunismo e fazer comparações com nossa realidade local é um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade que pretendo aproveitar ao máximo.

Arte, arquitetura, religião, música e ciência fazem parte da riqueza cultural do maior país do mundo. Também está no roteiro a Polônia, um dos países onde surgiu um forte movimento sindical, o sindicato Solidariedade, que lutou bravamente pelo fim do regime comunista. Será também uma oportunidade para estabelecer as diferenças entre o sindicalismo lá e cá. Terra do falecido papa João Paulo II, a Polônia também foi palco de um dos mais cruéis episódios da Segunda Guerra Mundial, a rede de campos de concentração, o mais conhecido deles, o de Auschwitz. E para coroar o roteiro uma passagem pela terra do Papai Noel e da aurora boreal, a Finlândia, com seus encantos, gastronomia e riqueza cultural.

Como se pode concluir desta rápida descrição de um roteiro que promete muitas emoções, viajar é realmente um mergulho nos livros de história, para contemplar tanto as maravilhas quanto as bestialidades produzidas pelas mãos e pela mente humana. Em todos os lugares um destaque para as belezas naturais plantadas pelo criador nos mais distantes rincões do planeta. Cada país visitado tem seu encanto e características que o diferencia dos demais, e em todos os lugares visitados há histórias, sonhos e riquezas culturais que fazem valer a pena o esforço para chegar até lá. Diante disso, estarei afastado temporariamente deste importante espaço no qual semanalmente tenho partilhado com os leitores as opiniões e fatos que merecem destaque. Assim partiu outra vez, mas ao retornar temos aqui um encontro marcado com todo o aprendizado e conhecimento adquiridos.

 

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