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Brasil Calor piora

Com até 44ºC, Noroeste gaúcho enfrenta calor mais intenso desde 1943

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(Foto: Pexels)

O calor atinge níveis extraordinários e sem precedentes em décadas no Noroeste do Rio Grande do Sul. As Missões tiveram hoje o dia mais quente desde a grande onda de calor de 1943, a pior da história do estado gaúcho. A temperatura por medições particulares no Noroeste gaúcho passou de 44ºC e em leituras de equipamentos do Instituto Nacional de Meteorologia se aproximou dos 41ºC.

A máxima na estação do órgão federal em São Luiz Gonzaga de 41,5ºC superou hoje os 40,6ºC da véspera que já tinha sido a mais alta desde 1961 e se tornou a segunda mais alta em 109 anos de observações. A cidade das Missões está enfrentando alguns dos dias mais quentes da sua história numa série histórica que se iniciou em 1913.

A máxima desta quarta de 41,5ºC somente é superada pelos 42,4ºC em 16/1/1943, tendo demolido marcas históricas anteriores de 40,8ºC em 12/12/1944 e 27/12/1952, 40,6ºC em 18//1/2022 e 40,1ºC em 15/11/1985. A temperatura máxima média histórica de janeiro em São Luiz Gonzaga é de 31,6ºC, logo a máxima de hoje ficou 10ºC acima da normal.

Outras estações do Inmet no Estado registraram durante esta quarta-feira 38,9ºC em Santiago, 38,5ºC em Santo Augusto, 38,0ºC em Ibirubá, 37,7ºC em Cruz Alta, 37,5ºC em Alegrete, 37,4ºC em São Gabriel, 37,3ºC em Serafina Correa, 37,2ºC em Rio Pardo e 37,0ºC em Frederico Westphalen. A estação do Inmet em Santa Rosa, que poderia ter indicado o maior valor na rede oficial, estava mais uma vez fora do ar ontem.

Estações automáticas particulares, por sua vez, indicaram 44,1ºC em Santa Rosa, 42,7ºC em Porto Xavier, 41,4ºC em Santo Antônio das Missões e Santo Ângelo, 41,1ºC em Maçambará, 40,2ºC em Lajeado e Teutônia, 40,9ºC em Tapera, 39,7ºC em Cerro Largo, 39,2ºC em Espumoso, 38,3ºC em Feliz, 37,9ºC em Westfália, 37,4ºC em Parobé, e 37,3ºC em São Leopoldo. Já estações da Secretaria da Agricultura anotaram 41,6ºC em Porto Vera Cruz e São Borja, 39,7ºC em Bossoroca e 38,6ºC em São Sepé.

Apesar de a Organização Mundial Meteorológica Mundial (OMM) não fazer distinção entre estações particulares e de serviços nacionais de Meteorologia para fins de recordes, desde que a marca aferida corretamente tenha refletido a realidade, no Brasil apenas dados de estações do Instituto Nacional de Meteorologia são computados para fins de recorde na climatologia histórica. Por isso, as máximas de hoje, que superaram a mais alta máxima oficial do Rio Grande do Sul de 42,6ºC (1917 e 1943), não são consideradas um novo recorde.

CALOR NÃO SÓ SEGUE COMO PIORA

O sol aparece com nuvens nesta quinta-feira em todo o Rio Grande do Sul. A massa de ar extremamente quente que cobre o Estado traz outro dia de temperatura muito acima do normal com marcas ao redor ou acima de 40ºC em muitas cidades, como nos Vales, no Centro gaúcho, no Oeste, Alto Jacuí e na Grande Porto Alegre.

No Noroeste, marcas extraordinariamente altas tornam a ocorrer em mais uma jornada por demais anormal de calor. Com o forte aquecimento, nuvens vão se formar e da tarde para a noite pancadas isoladas de chuva atingem diversas regiões do Estado. Setores muito localizados podem ter temporais fortes de vento e granizo.

A MetSul Meteorologia alerta que a bolha de calor que está instalada sobre o Rio Grande do Sul há mais de uma semana deve se intensifica ainda mais nos próximos dias com uma escalada na temperatura que levará grande parte do Estado a ter máximas ao redor ou acima dos 40ºC no fim de semana.

Haverá municípios com até 45ºC, valor mais comum no Oriente Médio no verão. Mesmo pontos da Serra poderão ter 40ºC. Com isso, múltiplos recordes de máximas vão cair e o recorde estadual oficial de calor poderá ser batido.

 

Com Metsul

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