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IPVA com desconto só vale a pena para quem tiver grana sobrando

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Educadores financeiros alertam para a possibilidade de quitar o imposto de uma única vez e ficar com as contas no vermelho (Foto: Divulgação)

O calendário do pagamento do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) começa nesta quarta-feira (09) para os donos de veículos registrados no Estado de São Paulo e oferece desconto de 3% aos motoristas que optaram pela quitação do imposto à vista.

Especialistas em finanças pessoais consultados pelo R7, classificam o pagamento de uma só vez como algo vantajoso. Eles, no entanto, alertam para a possibilidade de quitar o IPVA e ficar no vermelho.

O maior desconto para o pagamento do IPVA 2019 vale para os proprietários de automóveis, caminhonetes, ônibus, motos e similares dos Estados do Mato Grosso do Sul e Pará, que têm direito a uma redução de 15% ao optar por quitar o imposto de uma vez antecipadamente.

“Matematicamente, vale a pena pagar à vista em todos os Estados”, avalia o coordenador de planejamento financeiro da Fiduc, Valter Police, que afirma não haver nenhum tipo de investimento livre de risco que ofereça o mesmo retorno no período. “Se você tem dinheiro, pague à vista”.

Para o educador financeiro do canal “Dinheiro à Vista”, Reinaldo Domingos, os motoristas devem ter a consciência de que não vão ficar com as contas negativas ao quitar o IPVA de uma vez. “Se você tiver apenas R$ 1.000 e o seu IPVA for de R$ 1.000, a ideia é que você parcele e não pague à vista, porque você precisa continuar com reservas estratégicas para outra eventual necessidade”, explica.

Domingos ainda classifica como “insustentável” optar pelo desconto de 3%, como o oferecido pela maioria dos Estados, e ter que recorrer ao cheque especial ou financeiras com juros.

A posição de Domingos é a mesma partilhada por Police, que avalia a tomada de crédito como uma má decisão. “Se você vai usar o cheque especial ou algum crédito para pagar, isso vai sair mais caro do que o parcelamento [do IPVA]. É melhor perder o desconto, mas não paga a fortuna que custa o crédito no Brasil”, observa ele.

O coordenador da Fiduc afirma que os brasileiros não devem tratar o IPVA e outras tradicionais despesas de começo de ano como imprevistos. Ele orienta a realização de um planejamento com base nos próximos 12 meses para evitar problemas no início dos anos.

“Se você já coloca todas as despesas em um software, uma planilha ou um caderno, já vai saber em quais meses pode ter problema e se programa antecipadamente”, afirma Police.

 

Com R7 Notícias

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