Donald Trump voltou e voltou não só muito mais forte politicamente, como também muito mais ousado e audacioso.
Ouvi atentamente seu discurso de posse, e seus discursos em diferentes ocasiões, e a impressão primeira é que o presidente vai governar os Estados Unidos com uma vara mágica.
Num estalo de dedos e os Estados Unidos saíram da escuridão para experimentar o melhor momento de sua história.
É mesmo um presidente iluminado, cheio de entusiasmo e onde não consegue levar soluções, com certeza leva ilusões.
Trump conseguiu vender a ideia aos americanos que os próximos quatro anos serão de muito progresso, de riqueza para as famílias e de um salto de crescimento da economia.
E apresentou o método pelo qual deseja revolucionar a economia americana.
Há quem discorde e há quem aplaude as propostas de Trump. Logo, é preciso ver se de fato o presidente tem soluções para tantos problemas que ele relacionou.
Deportar os imigrantes ilegais, retomar o canal do Panamá, anexar a Groenlândia, sair do acordo de Paris, sair da Organização Mundial da Saúde, tributar produtos estrangeiros, especialmente da China e pelo jeito do Brasil, colocar a bandeira americana em Marte, acabar com qualquer perseguição policial ou judicial a cidadãos americanos, acabar com a política de gênero e por decreto só pode existir gênero masculino e feminino, trazer de volta as indústrias automobilísticas, acabar com a inflação e os juros altos, impedir que mais estrangeiros entrem pela fronteira do México, melhorar a saúde e a educação, aumentar o poder bélico, acabar com a Guerra da Ucrânia e impedir que novas guerras se estabeleçam e, olha, poderíamos citar mais uma centena de pontos atacados pelo presidente, nos quais pretende apontar outras soluções.
Capaz de atrair multidões e ser interrompido por calorosas salvas de palmas a todo instante, Trump agora está no topo do mundo e promete agitar o planeta em todos os sentidos.
O resultado econômico para os Estados Unidos é uma incógnita. Para muitos países pode representar problemas, mas o resultado político mundo afora promete aumentar o poder de fogo dos candidatos que se aliam ao presidente americano.
Talvez também colha rejeições jamais vistas e tenha que enfrentar protestos e insatisfações.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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