Começo hoje, 3 de fevereiro, um ciclo de vida que já é um privilégio poder estar aqui.
Mas, como em todas as fases da existência, o importante mesmo é ter saúde…
Depois dos 70, com a vida bem resolvida, família vivendo em paz, negócios estabilizados e com bons amigos, só nos resta agradecer.
Fazer planos pra quê?
O que importa nessa fase é viver cada dia como se fosse o último, afinal, algum dia vai ser o último, mas que isso demore o tanto quanto for pra demorar.
É claro que o tempo vai desgastando, não só a parte atlética, mas também a memória, o fígado, o coração, os pulmões, etc…
Mas a experiência também agrega. As descobertas diárias e o tempo nos fazem pessoas melhores, não só com o coração mais mole, mas com tempo e vontade de fazer coisas, enxergar o próximo mais próximo.
Descobrimos que levar leite e alimentos para uma família desassistida, com crianças passando necessidades, não é só caridade, é também um ato de profunda realização pessoal.
Como é bom ver e ter a percepção da importância do professor, do médico, do líder político, do empresário que emprega muita gente, do servente de pedreiro, da zeladora, do policial, do produtor rural, do servidor público, em nossas vidas.
Descobrir que não somos o centro do universo, pelo contrário, somos apenas um grão de areia nesse imenso deserto chamado de “humanidade” e o dia que partirmos tudo vai continuar igual por aqui.
Que Deus nos permita apenas viver, viver com saúde e paz no coração.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler