Curiosamente, na mesma proporção que pesquisadores e lideranças pelo mundo inteiro aumentam o tom e cobram mais cuidados e investimentos para proteger a natureza para evitar o aquecimento global, a resistência também aumenta.
Parece que o assunto está tão politizado que aqueles que consideram a necessidade de aumentar os cuidados e cobram investimentos já são automaticamente classificados como de esquerda e os que propagam isso como falácia, ou pura balela, são líderes ou apoiadores das teses de direita.
Preocupa bastante o que podemos observar, mesmo sendo leigos e sem pretensão de ensinar ou defender tese alguma.
Preocupa mais ainda quando vemos que pessoas sem nenhum conhecimento técnico ou científico expõem opiniões e convicções radicais sobre o que efetivamente não conhecem, apenas porque acreditam neste ou naquele líder mundial, e não baseados nas teses científicas.
Não que devêssemos acreditar cegamente em tudo que nos falam, mas contestar sem argumentos parece ainda pior.
O clima não é mais o mesmo, basta observar um pouco o que acontece ao redor do nariz. Se é culpa do desmatamento, dos poluentes jogados sem controle ao redor do planeta ou da vontade divina, não sabemos.
Todavia, os cientistas que já descobriram tantas coisas, que já inventaram tantas tecnologias que estão sendo aplicadas com sucesso para aumentar a produção, por exemplo, que inventaram os remédios que já curam até câncer, podem ter informações mais qualificadas do que nós, leigos.
Podemos duvidar de suas interpretações sobre o clima, podemos.
Mas até quando os argumentos se sustentam, diante do eminente aquecimento e constantes catástrofes climáticas?
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler