O problema no abastecimento de água em Marechal Cândido Rondon pode ser muito mais complexo do que parece.
Durante o debate com empresários na terça-feira (10), na Acimacar, os dois candidatos a prefeito falaram sobre os investimentos que pretendem fazer em seus eventuais futuros governos.
Porém, quem roubou a cena ao falar sobre a nossa crise de abastecimento de água foi o prefeito Marcio Rauber.
O prefeito estima que serão necessários investir R$ 30 milhões para uma segunda estação de tratamento da água do Arroio Fundo, e se for o caso de precisar buscar água no Rio Guaçu, o investimento estimado será de R$ 50 milhões, só para viabilizar a produção e o bombeamento da água até a cidade.
O prefeito alertou, contudo, que não é tão simples assim retirar água dos rios.
Antes é preciso que estudos sejam feitos para avaliar se a demanda projetada não ultrapassa a capacidade do rio e não interfere na continuação daquele rio/córrego.
É certo que nossa região tem muita água. Talvez uma das regiões mais privilegiadas com rios e córregos.
Todavia, existe um limite de distância viável para buscar água.
Esse alarmante discurso do prefeito Marcio Rauber está sendo feito em meio a intensas críticas que são direcionadas à gestão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que durante as últimas décadas anunciou várias vezes e em épocas e por diretores diferentes que o problema estava solucionado.
Só que não: estava solucionado até a próxima estiagem.
O setor industrial e alguns bairros de Marechal Cândido Rondon convivem com a falta de água há muitos anos e pelo que foi dito, não há solução de curto prazo, a não ser esperar a chuva.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler