O projeto de reformulação da malha ferroviária, viária e hidroviária no Brasil merece especial atenção.
Particularmente, me empolgo com as manifestações do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e aqui no Paraná do secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
Eles falam o que sinceramente precisa ser feito. Se podemos e queremos acreditar nisso, é outra questão.
Mas tanto o projeto do Ministério da Infraestrutura quanto o projeto do Governo do Paraná são competitivos e se propõem a atacar alguns gargalos que temos para exportar e desenvolver nosso Estado.
O Brasil cresceu para todos os lugares. Nossa produção agropecuária se multiplicou várias vezes e nossas rodovias são as mesmas, praticamente, e estão saturadas; ferrovias e hidrovias nem se fala.
Se mesmo assim já conseguimos bons resultados na nossa balança comercial, atuando de forma tão precária e ainda gerando bons resultados para os produtores, é fácil imaginar o salto econômico do país quando tivermos portos, rodovias, hidrovias e ferrovias operadas pela iniciativa privada.
E junto, um Estado interessado em oferecer um ambiente de negócios mais propício.
O Estado de modo geral é um mau gestor, tanto pela forma e modelo de gestão, atrelados a uma legislação engessada e burocrática, quanto pela manipulação e ingerência política de suas ações.
Por isso, é importante fazer as concessões para a iniciativa privada.
O Estado deve ficar somente com a responsabilidade de fiscalizar e criar regras claras.
Se conseguirmos avançar nos próximos anos, realizando leilões que possam atrair investimentos do Brasil e do exterior, certamente vamos mudar a fotografia do agronegócio.
Além disso, podemos gerar melhores resultados para quem produz, para quem industrializa e comercializa nossa produção.
Nossa capacidade de crescimento é o fator determinante para que esses investimentos aconteçam com sucesso.
Já fomos buscar tecnologia e genética atualizadas, agora precisamos melhorar a logística.
O agronegócio é hoje o maior potencial de crescimento do Brasil, mas especialmente da nossa região.
Apoiar esses projetos dos governos é, portanto, apoiar um futuro melhor.
Se podemos acreditar que eles vão ser realizados conforme a proposta?
Bom, isso depende da capacidade, da honestidade, da determinação e confiança dos governos.
Cada um analisa esses fatores, de acordo com suas convicções.
Mas é, sem dúvida, a maior proposta deste governo, ao lado dos juros civilizados, que pode mudar o Brasil.
Dá para acreditar!
Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos
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