Vivemos no Brasil um período de turbulência.
As pessoas querem mudanças e as instituições não respondem.
O resultado disso é o povo revoltado com suas lideranças políticas e suas instituições.
O giro do ex-presidente Lula pelo Sul do Brasil revela bem como será nossa campanha eleitoral.
Não que o PT e o Lula não estivessem estimulando esses protestos e a violência, mas, convenhamos, se queremos uma campanha eleitoral civilizada, não podemos estimular a violência.
Sei que muitas pessoas que vão ler esse artigo não concordam com a minha opinião, mas é meu dever alertar que assim não conseguiremos construir uma democracia, se é que de outro jeito será possível.
O regime democrático pressupõe que tenhamos liberdades, especialmente de opinião. E enquanto o Poder Judiciário, tão questionado nas últimas semanas, não agir, o expresidente Lula tem direito a se manifestar publicamente.
Claro que isso não está sendo possível, porque as pessoas estão tão enojadas dessa política e desse Judiciário que não dá respostas e preferem a própria violência.
Mas se essa campanha realmente for para o confronto, podemos ter resultados ainda piores do que os atuais.
Alguém pode novamente dizer que “pior do que está, não pode ficar”… Bom, aí é uma questão de ponto de vista.
Não consigo ver a violência, nem a da esquerda movida à mortadela e nem a da direita ou anti-esquerda movida à raiva como algo capaz de nos devolver a esperança.
Sinceramente, me assusta ver pessoas atirando pedras, paus e ovos num candidato, mesmo que esse candidato seja o Lula com prisão praticamente decretada e postergada pela Suprema Corte.
Estamos nos aproximando de um tempo que “vale tudo”. Será que isso vai ser bom?
