O governo vai realizar os leilões para concessões das rodovias do Paraná, lote 6, dia 26 de setembro, e lote 3, dia 31 de outubro.
O lote 6, composto por 662,18 quilômetros de rodovias, BR-163, BR-277, BR-158 e PRS 180, 182, 280 e 483, abrange as principais rodovias da nossa região.
Finalmente, depois de longos anos de discussões, chegou-se a um consenso entre os governos estadual e federal para realizar o leilão.
O processo prevê cobrança de pedágio, como fator crítico, e um pacote de melhorias como benefício, entre duplicações, terceiras faixas, pontes ampliadas, etc.
Quem só olha o valor do pedágio e não vê o benefício tem motivos para criticar.
Quem vê o benefício e percebe que sem pedágio não há dinheiro para ampliar, melhorar e manter nossa malha viária em boas condições, percebe que o pedágio melhora a vida de quem está na estrada e, sobretudo, oferece maior segurança.
Para duplicar rodovias como a 277 e a 163, que hoje são um grande problema para quem transita do Oeste em direção à Capital do Estado, é preciso um montante de recursos que nenhum governo dispõe. Nem o anterior, nem o atual e nem o futuro terá verba para tal.
Portanto, não é uma questão de defender cobrança de pedágio, mas uma questão de defender o desenvolvimento do Paraná.
Estradas federais e estaduais de boa qualidade são como as artérias do corpo humano pelas quais percorre o desenvolvimento.
Sem duplicações das principais rodovias, vamos criando gargalos que encarecem a produção e dificultam o crescimento do Estado.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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