Uma campanha vitoriosa para presidente da República, governador ou prefeito nem sempre mira as virtudes do seu candidato.
Muitas vezes, a campanha foca nos defeitos dos adversários.
Primeiro é preciso reduzir o tamanho do adversário para depois oferecer uma nova ideia para o eleitor.
E tudo isso precisa ser cuidadosamente pensado e planejado antes de ser executado.
Tem hora para atacar, tem hora para recuar.
Tem hora para ser agressivo e tem hora para ser ingenuamente paz e amor.
Quem sabe fazer essa leitura da forma mais correta tem grande chance de acertar o tom da campanha.
Normalmente no começo da campanha os candidatos usam seu tempo de rádio e TV para desconstruir a imagem dos adversários.
É o tempo de atacar, de ser agressivo.
Depois, quando o eleitor está envolvido na campanha, surge o tempo de estender a mão, de ser paz e amor.
Outra coisa que pesa e facilita a compreensão do eleitor é a linguagem de campanha adotada pelo(a) candidato(a).
É importante criar frases de efeito para facilitar a memorização.
Outro ponto tão importante quanto a mensagem falada é a escolha musical.
Quando as pessoas na rua começam a cantar uma música de campanha, a campanha já foi amplamente vitoriosa.
Transformar uma campanha que tem empatia com o eleitor numa campanha bem-sucedida, ou seja, transformar tudo aquilo em votos, é o desafio final.
Vamos prestar atenção no serviço dos marqueteiros de campanha e identificar os trabalhos bem feitos.
Normalmente um trabalho de campanha bem-feito resulta em vitória eleitoral, ou imediatamente ou para as eleições futuras.
Daí porque nem sempre quem não se elegeu, perdeu.
Às vezes, quem não se elegeu, apenas plantou para as próximas eleições.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul