Ratinho Junior termina seu segundo mandato de governador em 2026.
Com ele no governo, praticamente desapareceram do mapa político todas as lideranças que governaram o Paraná nos últimos 30 anos.
Vamos nos preparar para um novo Paraná que está sendo gestado nas lidas diárias em Brasília e Curitiba.
Se o governador conseguir um segundo mandato profícuo, estará garantido no plano nacional a partir de 2027, ou como senador ou como eventualmente – e até de forma improvável hoje – como vice ou candidato a presidente do Brasil.
No plano estadual aparecem os primeiros players do jogo sucessório para 2026.
Alguns já bem conhecidos, como o senador eleito Sérgio Moro, do União Brasil, que caminha muito próximo do deputado federal mais votado Deltan Dallagnol, do Podemos.
Outros bem desconhecidos por aqui, como o deputado estadual Alexandre Curi, eleito pela terceira vez com a maior votação do Estado – em 2022 obteve 237 mil sufrágios -, e Beto Preto, ex-secretário de Saúde do Estado e deputado federal eleito com mais de 206 mil votos.
Militando próximo de Ratinho Junior, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, também não esconde o desejo de disputar o Governo do Paraná, já que em outras épocas fora tolido de seu intento em favor de uma coligação malsucedida.
A oposição, que agora voltou ao governo federal, também está em busca de uma liderança que possa disputar a eleição pelo PT. Um dos nome mais fortes, agora com a indicação para assumir como diretor geral da Itaipu, é o deputado federal Enio Verri, mas, como Jorge Samek, pode optar em permanecer na hidrelétrica, apostando que o PT vença novamente a eleição presidencial.
Requião Filho, agora no PT, se fizer um bom trabalho na liderança da oposição pode consolidar seu nome para disputa, mas vai depender do comportamento do pai Roberto Requião, que está “desferindo ataques ao governo Lula” como nunca fez antes.
Gleisi Hoffmann, que Lula disse precisar no Congresso, é outro nome da lista do PT com potencial e simpatia do partido para o pleito majoritário.
O novo Paraná está, portanto, caminhando em direção a esses nomes e provavelmente um deles será o próximo governador, vice e sendores do Estado.
Quem caminha à margem desse processo, mas terá papel relevante nas articulações, é o deputado federal Ricardo Barros (PP), que ao final pode se conformar com a segunda vaga para o Senado na coligação de Ratinho Junior.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul