Normalmente, as pessoas sabem bem por que perderam uma eleição.
Depois… e, os palpiteiros também sabem os motivos…
Raramente, ou quase nunca, as pessoas sabem corretamente por que ganharam.
A derrota ensina e aponta culpados e a vitória pode gerar falsos heróis e motivos enganosos.
Algumas campanhas (mesmo em municípios de menor porte) precisam ser altamente profissionais e estratégicas para serem bem-sucedidas, tamanha é a dificuldade e o equilíbrio das forças.
Campanha é basicamente estratégia, é acerto das ações e foco na vitória.
É preciso ter um candidato que se identifica com as pessoas que ele consegue arregimentar naturalmente, caso contrário é forçar, e isso não costuma resultar em votos.
Os seus aliados precisam defender o candidato por amor à camisa (todos têm ponto fraco) e não ajudar a colocar em dúvida.
A força de uma campanha, ao contrário do que muitos pensam, vem da motivação dos envolvidos.
Motivações diferentes fazem as pessoas acreditar ou desacreditar num candidato.
Dinheiro e gente são importantes, mas o mais importante são as pessoas engajadas.
Quando a eleição acabar, o derrotado pode elencar 5 itens de campanha que deram errado, e chega a 10 itens facilmente, é só querer.
O pacote não dá errado por causa de um item, mas pelo conjunto de erros e imprecisões que, somados, destruíram aquele projeto.
Por outro lado, normalmente a campanha vitoriosa também comete um pacote de erros, mas como teve acertos que levaram à vitória, a lista de erros ficou camuflada e ninguém quer e nem vai revisar.
Dia 6 de outubro veremos dois candidatos em Marechal Cândido Rondon, que, em momentos distintos, estiverem em condições semelhantes disputando a prefeitura.
O que uma campanha fez que deu certo e o que a outra fez que deu errado?
Os erros são mais visíveis e ficam estampados em pessoas.
Assim, a um mês da eleição, é possível diagnosticar erros e acertos que evidenciam uma previsão antecipada de uma eleição que todos apontavam como muito acirrada.
É possível mudar esse quadro, claro que sim, mas é preciso ter precisão e muitas ações assertivas em pouco tempo.
Uma coisa que ficou clara e estampada pela última pesquisa divulgada semana passada é que agora a eleição tem um candidato favorito.
Ser favorito não é sinônimo de vitória, mas é ter grandes chances de ganhar.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler