Surpresa?
Inacreditável?
Fogo de palha?
Choque de realidade?
Fenômeno?
Todos os políticos brasileiros, da esquerda ou da direita, estão de certa forma incrédulos com o tamanho do nome de Pablo Marçal, seja para disputar a Prefeitura de São Paulo, seja pela repercussão nacional o que antevê vários cenários impensáveis até semana passada.
Pablo pode até virar fumaça ao longo da campanha se não tiver recursos e não estiver preparado para enfrentar os desafetos, seja no ringue dos debates, em que ele seguramente domina, seja nos tribunais onde estão querendo encurralar sua campanha.
Ele já é um fenômeno nacional e um candidato com potencial de ser o próximo prefeito de São Paulo.
Não é surpresa eleger um “other side”, como será visto Pablo Marçal, alguém que está desconectado do sistema político tradicional e não joga o jogo dos acertos e conchavos políticos.
Em São Paulo muitos candidatos foram bem votados se apresentando de forma estranha e rejeitando a política, até debochando dela, como fez Tiririca.
Figuras como Erundina com eleitorado de esquerda, e Maluf e Jânio Quadros com eleitorado de direita tiveram êxito.
Portanto, o eleitorado de São Paulo não tem viés ideológico majoritário. Ele muda de lado rapidamente e embarca onde o trem parece levar a lugar mais promissor.
Pablo Marçal é combatido neste momento por estar disputando com MDB, PT, PSDB, PL, Republicanos, PSB, PSOL e outras siglas da prefeitura mais importante do país, mas todos estão de olho em 2026.
Seria o Jair Bolsonaro renovado, com roupagem diferente, rico e comunicador de conteúdo capaz de mobilizar o Brasil com suas redes sociais?
Ou sairá desta campanha um candidato em potencial à Presidência do Brasil em 2026, ou um frustrado que vai desmantelar a direita organizada em torno do prefeito Ricardo Nunes.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler