O conclave dos cardeais reunidos no Vaticano, especificamente na Capela Sistina a partir desta terça-feira (6), de onde um deles sairá papa, se reveste de grande relevância em todo o mundo.
O mundo inteiro está olhando para o Vaticano esperando quem será o escolhido para dirigir a Igreja Católica.
O papa, historicamente, exerce um papel de líder religioso, mas, muito mais do que um líder religioso, é também um líder político.
Por isso, é importante que o conclave escolha um papa que, além de saber conduzir os destinos da Igreja Católica, também possa interferir positivamente nas relações entre os países.
Os católicos esperam por um papa jovial, com visual carismático e mensageiro da palavra de Deus, alguém que saiba interpretar os tempos modernos com mensagens pontuais, firmes e sensatas que fazem sentido e motivam os fiéis a seguir na caminhada.
O mundo espera por um papa que seja ponderado, alguém capaz de promover a paz dentro e fora da igreja.
Um papa que sabe estimular a reflexão sobre os grandes temas mundiais que envolvem a igreja ou não, como, por exemplo, o aborto, o racismo, as relações de trabalho, a especulação financeira e o acolhimento aos fugitivos das guerras e da fome.
Uma reflexão sobre a era das comunicações modernas, o uso das redes sociais e as relações matrimoniais.
O que menos importa para a igreja é a nacionalidade do novo papa, mas é importante que ele esteja conectado com todas as civilizações ao redor do planeta.
Apesar da escolha do papa acontecer em recinto fechado e por poucas pessoas, o conclave é muito representativo e a tradição da Igreja é não contestar escolhas, mesmo que haja disputas acirradas dentro do processo.
Qualquer que seja o nome, o papa será aclamado e aceito por todos cardeais.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
arno@revistaamigosdanatureza.com.br
@arnokunzler