Na política e na vida, nem sempre o agora representa o sucesso ou o insucesso das nossas ações.
O que fazemos hoje tem consequências amanhã.
Quando um político ou um cidadão com cargo fala, age, hostiliza, elogia, critica, defende, se solidariza ou se distancia de propósito, ele normalmente avalia o futuro.
No caso da política rondonense, está muito claro que as ações de hoje serão o resultado da eleição de 2026.
Neste momento, os políticos tomam posições, constroem alianças e projetam o seu futuro.
2026 está a nossa porta e enquanto portas se fecham, portas se abrem.
Quem está projetando melhor, quem está agindo melhor, quem está construindo as melhores alianças agora será o vencedor inexoravelmente em 2026.
Em política, como na vida, a arrogância, a falta de empatia e a hostilização são moedas que costumam fazer estragos.
Já tivemos um tempo em que os prefeitos, mesmo sendo eleitos, tinham uma espécie de tutor que exigia ser ouvido e cujas opiniões, ai se não fossem respeitadas…
Com a eleição do ex-prefeito Marcio Rauber criou-se um novo padrão de comportamento: os tutores de antes já não tinham mais forças para exigir e interferir no seu governo.
O que muita gente pensava é que a eleição de Adriano Backes faria retroceder ao tempo dos tutores, tendo o prefeito um aliado externo mais forte que ele politicamente e com apetite de governar, de se manter a estrela do time.
Ao que tudo indica, Backes não aceitou a tutela e resolveu governar do seu jeito e com quem lhe respeita.
As consequências veremos em 2026.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler