O governo federal está preparando para anunciar nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, um grande pacotão de obras para chamar de PAC 3.
Segundo informações preliminares, muitas destas obras que se pretende realizar são obras paralisadas, outras projetadas e outro grupo de obras novas a serem financiadas com recursos do BNDES e outros agentes financeiros estatais.
Talvez tenhamos vivido uma grande experiência com as obras do PAC 2, que incluíram duplicação de rodovias com pedágio, estádios e especialmente obras de acessibilidade.
Aquele PAC não foi bem-sucedido, porque vivíamos um período de corrupção sistêmica que contaminou não só as obras do PAC 2, mas todo governo de Dilma Roussef.
Mas desta experiência podemos contabilizar e reaproveitar a ideia.
A ideia de elencar obras essenciais e oferecer às empresas financiamento de longo prazo, a juros pagáveis através do BNDES em troca de exploração do projeto, parece ser a única maneira do Brasil construir em tempo recorde o que tanto precisamos para deslanchar de vez com o nosso desenvolvimento.
Refiro-me especialmente às duplicações de rodovias, à construção e ampliação de ferrovias e hidrovias, e, especialmente, de aeroportos e portos.
Depois das obras vem a etapa mais importante para destravar nosso desenvolvimento: a desburocratização.
Menos papel, menos regrinhas, menos taxas e impostos, menos servidores públicos sem tempo para despachar papéis.
Poucos acreditam que esse governo seja capaz de desencadear programas com esse viés, mas é o que podemos deduzir a partir do que está sendo dito e anunciado preliminarmente.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul