O que todos imaginam é que um governo que elege seu sucessor (um aliado de dentro da equipe de secretários) faça uma transição tranquila e pacífica.
Todavia, em política não é assim.
Os interesses se sobrepõem, muitas vezes, até mesmo ao bom senso.
Homens calmos e tranquilos, quando veem seus interesses políticos não atendidos, viram bicho.
Assim, é muito difícil que em Marechal Cândido Rondon não haja disputas acirradas e debates acalorados durante a transição.
A primeira disputa é pela presidência da Câmara. Ainda que não haja muitos candidatos, é acirrada.
A segunda é pela acomodação de tantas lideranças fortes que saíram das urnas eleitos ou com votação de eleito, mas suplentes.
A terceira, e talvez maior acomodação, gira em torno dos interesses do atual e futuro ex-prefeito, que já anunciou que deseja ser candidato a deputado estadual daqui a dois anos.
Primeiro precisa negociar com o deputado Hussein Bakri, a quem apoiou na última eleição e hoje um dos principais líderes do governo Ratinho e da Assembleia Legislativa.
Não bastasse, o logo ex-prefeito certamente vai se esforçar para não deixar seu pai, Pedro Rauber, amargando a suplência, e para isso o prefeito eleito Adriano Backes vai ter que nomear dois vereadores eleitos para serem secretários.
Haja fôlego para atender tantos interesses e acomodar tantos políticos.
E ainda tem as obras, inúmeras delas iniciadas, faltando concluir e outras apenas anunciadas pelo atual prefeito.
Terá o prefeito Backes as mesmas prioridades?
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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