Não basta o mundo conviver com opiniões e declarações polêmicas e imprevisíveis de Donald Trump.
Agora soma-se a ele, o seu fiel escudeiro de campanha, e um dos multimilionários mais bem sucedidos do mundo, Elon Musk.
Não menos polêmico e truculento que o chefe, Musk vai chefiar o Ministério da Eficiência, que talvez nem os americanos saibam exatamente o que vai fazer, mas o mundo já sabe que Musk vai bombardear os inimigos dele e de Trump mundo afora através de suas poderosas empresas de comunicação.
Vai ser um governo forte, propositivo e provavelmente prepotente, não só pelo jeito de ser e pelas posições de seus líderes, mas pela proposta defendida em campanha.
Trump fez bem para ele próprio e para o seu governo, trazer para tão perto e dentro do seu governo, uma liderança mundial que tem trânsito e muitos interesses em quase todo planeta.
O perigo é que tanto Trump como Musk tropecem nos próprios obstáculos, mas se tiverem sabedoria e um mínimo de bom senso o governo terá força e aliados para governar bem.
Agora é esperar para ver se ambos vão usar a força dos cargos que ocupam para combater adversários comuns em outros países, como no Brasil por exemplo, onde Musk foi de certa forma humilhado pelo Ministro Alexandre de Moraes em suas pretensões de não obedecer as ordens judiciais.
Os aliados de Bolsonaro também esperam que o novo quadro político internacional, a partir da eleição de Donald Trump, ajude a combater as ações (que eles consideram perseguição política) do STF contra os interesses de Bolsonaro e especialmente pela soltura dos presos dos atos de vandalismo praticados em Brasília contra prédios públicos no fatídico 8 de janeiro.
Não há dúvida que Donald Trump e Elon Musk juntos podem muito.
Quase o que querem…
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
@arnokunzler