Há exatos 33 anos, circulava em todo o Oeste do Paraná o primeiro exemplar do Jornal O Presente.
Um sonho colocado literalmente no papel.
O Presente veio ocupar um espaço carente de divulgação.
O Oeste do Paraná vivia grandes mudanças, especialmente na agroeconomia.
Itaipu iniciava um ambicioso projeto de reflorestamento das margens do Lago com um olhar sobre a educação ambiental, algo absolutamente inovador e desconhecido na época.
Em toda a região surgiram novos municípios, que em 1992 tiveram suas primeiras eleições, como Maripá, Itaipulândia, São Pedro do Iguaçu para citar apenas alguns da região, e os desmembrados de Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Mercedes, Entre Rios do Oeste e Pato Bragado.
Nesse ambiente político surgiu um jornal chamado O Presente, que logo se tornou órgão oficial em muitos municípios e exerceu grande influência sobre muitas decisões de suas lideranças.
E, por pura coincidência, O Presente surgiu no dia de São Francisco de Assis, cuja obra eu viria a conhecer mais tarde e me tornar um grande admirador.
Hoje, comemoro o aniversário do O Presente numa condição privilegiada, apenas como um convidado, já que há poucos meses a empresa O Presente saiu das mãos da nossa família, mas a nossa família não saiu do O Presente.
É um privilégio ter sido responsável por essa trajetória até aqui e absolutamente certo que o bastão foi entregue nas mãos de quem saberá conduzir esse projeto, não nas mesmas condições, mas ainda melhor.
Vivo um misto de sentimentos, o de dever cumprido e plenamente realizado como jornalista e empresário do ramo de comunicação, e um pouco de nostalgia por ver que o tempo que me deu tantas oportunidades, agora também está me tirando aos poucos.
Não posso negar que estou feliz pela maneira que o novo proprietário (Selmar Marquesin) conduz a transição.
Assim, quando me dá vontade, como hoje, e quando tenho disposição, posso escrever, externar meus pensamentos, minhas opiniões e oferecer aos que acreditam na minha experiência de vida e no meu conhecimento, uma contribuição histórica e toda minha inquietação com o futuro da nossa cidade e região.
Me tornei um apaixonado pelo desenvolvimento sustentável, pela economia de mercado, por políticas ambientalistas responsáveis, pelo equilíbrio entre o capital e o trabalho, por mais punições aos que infringem a lei, pela união de esforços (quase impossível) em busca de novas conquistas, pelo debate incansável de ideias, pela liberdade de expressão e, por fim, citando o credo júnior (JCI) “que a fé em Deus dá sentido e finalidade à vida”.
Que a obra de São Francisco de Assis nos sirva de motivação e estímulo. “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e de repente você estará fazendo o impossível”.
É sempre bom lembrar que as coisas não acontecem, elas são feitas.
Então, vamos fazer!!!
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
arno@revistaamigosdanatureza.com.br
@arnokunzler