Vivemos no tempo das receitas fáceis: emagreça dez quilos em duas semanas, aprenda inglês sem complicação, aprenda a se vestir com essas três dicas… Se andamos desatentos, podemos até cair em armadilhas de marketing que prometem curar nossas dores num estalar de dedos.
O que esquecemos, ao acreditar nessas possibilidades rápidas, é que absolutamente tudo exige esforço e comprometimento. Apesar de tratarem-se de mudanças possíveis, elas só ocorrem de maneira eficaz quando cumprimos o processo corretamente.
E o que é mais perigoso: por diversas vezes, esquecemos de nossa autenticidade, nosso jeito de funcionar, e de nossos valores, em detrimento de soluções rápidas para as coisas que nos atormentam.
Nessas andanças de cursos e treinamentos para aprender a me comunicar melhor, aprendi uma ferramenta bastante assertiva que tem potencializado meus resultados em comunicação e em outras áreas da minha vida. Está muito longe de resolver todos os nossos problemas (mas ajuda muito!). Vou compartilhar com vocês:

O comunicador Vinh Giang chamou esta ferramenta de Ciclo da Maestria, ou seja, a possibilidade de ficar muito bom em alguma coisa!
E para tornar este conteúdo mais didático, iremos correlacionar esta ferramenta com o desafio de falar em público (trago spoilers: serve para qualquer área de nossas vidas).
Aprender e aplicar: este é o ponto mais básico. Qualquer aprendizado é nulo se você não o colocar em prática. É como se você lesse vários livros sobre como andar de bicileta, mas nunca se aventurasse a subir em uma! Então, em nosso caso particular de hoje (falar em público), você só vai aprender realmente, testando!
Refletir e revisar: talvez você também chegue neste ponto e comece a duvidar da sua capacidade (mas espero que isso aconteça só comigo kkkk). A pesquisadora social Brené Brown comenta que falar em público nos causa uma “ressaca” de vergonha e vulnerabilidade da qual, muitas vezes, é difícil nos recuperarmos. “Nossa, por que falei aquilo?”, “Onde eu tava com a cabeça para falar daquela forma”, “Se fosse para gaguejar desse jeito, era melhor ter ficado calada”, e assim vai….
Portanto, este segundo ponto requer o exercício mental de equilibrar suas expectativas, refletir e celebrar aquilo que funcionou muito bem, revisar o que pode ser melhorado para a próxima experiência, e tratar-se bem, com acolhimento, mesmo quando a maioria das coisas não ocorreu conforme o planejado.
Planejar e melhorar: por último, ter clareza de como se deve agir nas próximas vezes é fundamental para consolidar seu processo de aprendizagem e alcançar a maestria e a fluidez em qualquer situação. Então, use a relfexão anterior para planificar suas ações do futuro e alcançar novos resultados! (É como diz aquela frase desmotivacional: vamos esquecer os erros do passado e focar nos erros do futuro hahahahahahah)
É curioso pensar que quando aliamos estes três fatores do ciclo da maestria, toda e qualquer coisa pode ser uma grande fonte de aprendizado. Não somente falar em público, mas, uma conversa difícil, um desafio ou habilidade nova que você está buscando construir. Até os nossos dias, dos mais difíceis aos mais tranquilos, ao serem analisados e refletidos, podem nos trazer grandes insights para novas possibilidades.
Para concluir, eu te deixo uma provocação: você está se desafiando o suficientemente necessário para ter uma vida interessante?
Bom, eu não sei a sua resposta, mas tenho certeza que agora você tem uma ferramenta a mais, um conhecimento a mais, que pode te ajudar nos mais diferentes desafios.
Te encontro de novo em duas semanas, e espero sempre te encontrar melhor e melhor! Até logo!
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