Se você me acompanha semanalmente tem percebido que estou falando muito de autoconhecimento, autoestima. E chegou a hora de continuando a falar de autoestima, conversar sobre amor-próprio. Vamos aprofundar ainda mais os temas de autoestima e amor-próprio, explorando sua interconexão, a importância deles para o bem-estar geral, e como cultivá-los de maneira prática e sustentável. Topa o desafio?!
Só para relembrar, autoestima é a percepção que você tem de si mesma, que se baseia na avaliação das suas capacidades, valor e dignidade. E influência como você se sente e se comporta nas mais diversas situações da vida. A autoestima é formada por alguns componentes. Vamos dar uma revisada neles?
A visão que você tem de si mesma, incluindo aspectos físicos, intelectuais e emocionais é a sua autoimagem. Baseada nela você toma decisões e tem crenças sobre si. Além da autoimagem, tem outro pilar que compõe a autoestima. Estamos falando da autoaceitação. Que é a capacidade de aceitar suas falhas e imperfeições, reconhecendo que fazem parte de quem você é. Só lembrando, imperfeições e fraquezas fazem parte do ser humano. Não há “alecrins dourados” andando pelo mundo, fica a dica.
Outro pilar fundamental na autoestima é a crença em sua capacidade de realizar tarefas e enfrentar desafios. Ou a autoconfiança. Acreditar na suas capacidades, habilidades, sonhos e respeitar suas necessidades, é isso. E outro componente da autoestima é o autovalor, isto é, quanto você se considera digna de respeito e amor, independentemente de suas circunstâncias ou realizações. Esse pilar está ligado a uma crença nuclear, que é o desvalor. Já comentei sobre ele aqui. Mas se quiser entender mais sobre essa e outras crenças nucleares, me envie um direct, e farei um artigo.
QUAIS FATORES INFLUENCIAM A AUTOESTIMA?
As experiências de vida, sucessos e fracassos ao longo de sua jornada moldam a autoestima. O feedback de amigos, familiares, colegas de escola ou trabalho tem impacto na sua percepção de si mesma. E por último, e tão importante quanto, suas crenças pessoais. As crenças e narrativas internas, na maior parte das vezes estabelecidas na infância, afetam profundamente a autoestima.
AMOR-PRÓPRIO: A BASE PARA UMA AUTOESTIMA SAUDÁVEL
O que é amor-próprio? O amor-próprio é o ato de nutrir e valorizar a si mesma, tratando-se com gentileza, respeito e cuidado. É a base sobre a qual a autoestima é construída, pois sem amor-próprio, a autoestima tende a ser frágil e dependente de fatores externos. E assim como a autoestima está baseada nos quatro pilares que citei anteriormente, no amor-próprio temos elementos essenciais. Que exigem treino, prática diária, investimento em si e quebra de crenças e hábitos.
O primeiro elemento para um amor-próprio saudável é a autocompaixão. Praticar autocompaixão é ser compassiva consigo mesma, especialmente em momentos de falha ou dificuldade. Sempre faço a pergunta aqui e no consultório: se isso estivesse acontecendo com sua melhor amiga, o que você diria a ela? Você usaria as mesmas palavras ou tom de voz? Presta atenção aí no seu diálogo interno, nos seus rótulos? Há gentileza na sua conversa interior?
O próximo elemento é o autocuidado. Quanto você prioriza os cuidados físicos, mental e emocional? Coisas básicas como tomar um copo de água, almoçar ou jantar sentada, preparando a própria comida. Já sei a resposta: mas eu chego em casa cansada, não vou perder tempo cozinhando para mim. Prestou atenção: perder tempo! Por quê? Porque não sou importante, né.
Isto nos leva ao próximo elemento: quanto sou verdadeira comigo mesma? Estou vivendo de acordo com meus valores e necessidades? O que nos leva ao último ponto: respeito pessoal. Estabelecer e manter limites saudáveis, que respeitam suas necessidades e desejos. De novo, por que você faz o que faz? Para atender quem? Dica: agradar os outros para que eles atendam minhas necessidades não vai rolar, desculpa. Pelo contrário, os outros vão me tratar como eu me trato. Se autorrespeito não faz parte do jeito como me cuido, também não vou receber dos outros.
Fica com esses pontos para refletir e criar suas estratégias de ação. Na próxima semana volto com passos para cultivar a autoestima e o amor-próprio. Me siga pelo @psicofatimabaroni para mais conteúdo como esse.
Até a próxima.

Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755