Meu convite hoje é para darmos um passo a mais na jornada da autoestima. Despertar a autoestima através do autoconhecimento é uma abordagem poderosa, pois permite que você se compreenda melhor e valorize quem realmente é. No último artigo coloquei alguns passos para dar início a essa jornada.
Eu sei que começar a exercitar esse caminho nos leva a encontros que despertam estranheza e desconforto, causados principalmente pelo desconhecimento, isto é, falta de prática em exercitar. Se me permitem a comparação, meio esdrúxula, é como começar academia, os músculos “gritam” pelos movimentos e querem voltar ao sedentarismo, ao conhecido.
O desconforto sentido vem da falta de hábito, tanto quanto das crenças de que estou sendo narcisista ou egoísta, ou que não sei como fazer ou pior ainda, não tenho tempo. Pois é, cuidar de si na essência da palavra exige sentir que você tem importância a ponto de usar o tempo para se cuidar.
OTIMIZANDO O DESCONFORTO!
Se você já se colocou em movimento, seguindo as dicas e exercícios que tenho deixado aqui nos artigos anteriores, isto é, você já fez uma autoanálise honesta para identificar suas habilidades, talentos e áreas que precisam de desenvolvimento. E ao reconhecer suas forças, as está usando como alicerce para construir sua confiança. E ao aceitar suas fraquezas, aprendendo a ser mais compassiva consigo, entendendo que ninguém é perfeito.
Por outro lado, já refletiu sobre o que é realmente importante, quais valores guiam suas decisões e ações. E ao começar a viver de acordo com seus valores, sente sua autoestima crescer, pois está sendo fiel a si mesma. E isto está fortalecendo sua sensação de integridade e autoconfiança.
Chegamos, então, ao ponto de dar os próximos passos. Comece a observar como você tem falado consigo mesma. Você é crítica ou gentil? Você conversa consigo da mesma forma que fala com sua melhor amiga? Lembra daquela lista de rótulos que sugeri que você fizesse? Quais você ainda atribui a si depois de identificá-los?
Identifique padrões negativos de pensamento. E então substitua os pensamentos negativos por afirmações positivas e realistas. Aprenda a ter diálogos internos mais saudáveis; essa prática eleva nossa autoestima. O diálogo interno saudável permite que você se veja de maneira mais gentil e empoderada.
Aceite sua individualidade. Sabe aquela frase que muitas mães dizem, não sei a sua, mas cansei de ouvir: “você não é todo mundo?”. Pois é, faz sentido. Reconheça que você é única. E nesse sentido, perceba quais são suas peculiaridades e características que a diferencia dos outros.
Ser diferente não significa ser menor ou menos importante. Abraçar sua singularidade é fundamental para desenvolver e fortalecer sua autoestima. Quando você se permite ser quem você é, sem se comparar negativamente com os outros, sua confiança aumenta naturalmente.
BUSCAR A AUTENTICIDADE NA SUA VIDA
Quando temos metas alinhadas com nossos desejos e ambições naturais, nossos sonhos e objetivos de vida, e isto não é ser gananciosa ou egoísta, alcançá-las reforça sua autoestima, já que as atingir é significativo para você, proporcionando um senso de realização e propósito. E para que esse comportamento traga essa sensação de paz e tranquilidade, é necessário estar atrelada à autenticidade. Avalie como você se comporta em diferentes relações.
Você se sente confortável sendo você mesma? Relações autênticas, onde você se sente aceita e valorizada, ajudam a fortalecer sua autoestima. Cerque-se de pessoas que a respeitem e apreciam pelo que você é, não pelo seu corpo ou bens materiais. O ambiente de respeito e apreciação sincera promove o crescimento pessoal.
Olhar para o seu passado e identificar experiências que moldaram sua visão de si, como essas experiências impactaram e impactam sua autoestima, permite que você possa reescrever sua narrativa pessoal, focando numa perspectiva mais positiva e fortalecedora. Ao investir tempo em se conhecer melhor, você constrói uma base sólida de confiança e respeito por si mesma. Lembre-se de que é uma jornada pessoal, e cada passo na direção do autoconhecimento é um passo em direção a uma autoestima mais saudável e robusta.
Pergunta: onde entra o amor-próprio nessa jornada?
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Até a próxima.
Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755