Comecei o mês falando de negligência emocional e como ela afeta nossos relacionamentos, já que se expressa em nosso comportamento e crenças. Na semana passada trouxe como pauta o relacionamento saudável, os pilares sobre o qual uma relação amorosa forte e feliz é construída. Mas se juntarmos os temas do mês, é necessário preencher a lacuna entre o que aprendi como modelos e crenças na minha infância e adolescência e o que preciso desenvolver para ter relacionamentos saudáveis e plenos.
Construir um relacionamento saudável é um processo contínuo que exige dedicação e comprometimento de ambas as partes. E hoje vou pontuar algumas práticas fundamentais para ajudá-la a alcançar esse objetivo. Pronta?!
5 PASSOS ESSENCIAIS PARA UM RELACIONAMENTO AMOROSO SAUDÁVEL!
Autoconhecimento é o passo número 1. Isto porque, antes de construir uma conexão sólida com outra pessoa, é essencial conhecer a si mesma. Identificar suas necessidades, limites e valores pessoais ajuda a estabelecer uma base saudável para o relacionamento. Quando você se compreende, torna-se mais fácil comunicar o que espera e precisa do outro. Ter clareza de situações que vivenciei, os impactos no meu desenvolvimento, crenças, comportamentos, forma de pensar. E a partir daí, reconhecendo suas dores e dificuldades, necessidades e valores, fazer as mudanças, ressignificando sua história e estabelecendo como será a partir de então.
O que nos leva ao segundo passo: estabelecimento de limites claros. Limites são fundamentais para que ambas as partes se sintam respeitadas e valorizadas. Isso inclui discutir e alinhar expectativas em áreas como tempo juntos, espaço individual, objetivos financeiros e planos futuros, modelos de paternidade/maternidade. Limites bem definidos previnem mal-entendidos e conflitos desnecessários. Ao reconhecer meus limites e respeitá-los em mim, declaro e solicito o respeito com leveza e firmeza.
Apesar de muito falado, o próximo passo também é mal compreendido e difícil de praticar. A prática de empatia, que é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos do outro. Ouvir, acolher sem julgamentos. É ficar longe dos conselhos, de falas como “eu já passei por isso e resolvi assim…”. Ou “no seu lugar eu faria…”. Colocar-se no lugar do parceiro ajuda a evitar julgamentos e promove um ambiente de compreensão e acolhimento. Pequenos gestos de consideração e carinho reforçam a conexão emocional. Colocar-se no lugar do outro exige que você saia de si, da sua experiência e acolha a história do outro. Treinar a escuta e o acolhimento.
O quarto passo é cultivar momentos positivos. A vida cotidiana pode ser repleta de desafios, mas criar e valorizar momentos positivos juntos é essencial. Atividades simples, como cozinhar juntos, caminhar ao ar livre ou compartilhar um hobby, fortalecem os laços do casal e mantêm a relação leve e prazerosa. Um alerta: assistir uma série ou filme juntos, quando não se pode falar, compartilhar sentimentos ou dúvidas, não pode ser considerado momentos juntos. Está mais para solidão acompanhada, pois não há interação.
E chegamos ao último passo. Procurar ajuda quando necessário. Não há vergonha em buscar apoio profissional para melhorar a relação. Terapias individuais ou de casal podem ajudar a identificar e resolver padrões negativos, além de fortalecer a comunicação e o vínculo. Vou repetir o que já pontuei no início do artigo: ter discussões, diferenças de opinião é comum e saudável. A diferença está na maneira com o essas diferenças são gerenciadas. E ajuda psicológica é sempre uma boa escolha.
Um relacionamento amoroso saudável é resultado de um esforço conjunto baseado em respeito, empatia e compromisso. Construí-lo não significa buscar a perfeição, mas cultivar um espaço onde ambos possam crescer e prosperar juntos. Ao investir em pilares como comunicação, confiança e apoio mútuo, é possível criar uma relação que seja não apenas duradoura, mas também profundamente satisfatória.
Nos vemos na próxima semana?
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Até a próxima.
Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755