O Presente
Fátima Baroni Tonezer

Em terra de cego, quem tem um olho é rei!

calendar_month 27 de janeiro de 2025
4 min de leitura

Vou começar este artigo com uma pergunta: quanto tempo você tem dedicado às redes sociais? Qual sua justificativa para estar navegando nas redes? Quando você finalmente sai das redes, você tem consciência de como está se sentindo? Quais os pensamentos, sentimentos, como está seu corpo, sensações físicas, ombros e costas, estômago?

O seu WhatsApp está conectado direto no seu computador ou notebook? Se sim, quantas vezes você acessa as mensagens enquanto está trabalhando? Ou é o seu relógio smartwatch quem te avisa?

Por que estou fazendo esse inquérito logo de início? Porque hoje quero falar de comparação, baixa autoestima e falta de amor-próprio. E para abordar este assunto, quero trazer uma reflexão para você.

SEU MAIOR INIMIGO ESTÁ ESCONDIDO ONDE VOCE NEM SONHA!

Hoje vou te apresentar a maior contadora de histórias que existe. Mas antes, me conta: qual sua primeira ação ao acordar? Pegar seu celular e dar uma “rápida” olhada nas notícias?

Conheço pessoas que dizem que se não olhar o celular não conseguem acordar e sair da cama.

Outra situação bem comum: seu chefe ou colega envia uma mensagem dizendo que precisa conversar com você amanhã. Quais pensamentos povoam sua cabeça? Quantas histórias trágicas você imagina? E como você fica: reações físicas, ansiedade, insônia, irritabilidade…

Já adivinhou de quem vou falar hoje?

Sim, da nossa mente. Este prodígio em criar histórias dantescas, trágicas e que nos colocam em um estado de ruminação mental, pensamentos negativos e repetitivos. E ficamos presas nesse looping de pensamentos reativos e perdemos a possibilidade de enxergar ações diferentes. Ser proativa ao invés de reativa.

Deixamos de perceber o que pode ser feito, não usamos a curiosidade para pensar em possibilidades, desconsideramos as informações que temos ou que estão disponíveis no ambiente, não lembramos de situações semelhantes e do que já aconteceu. Só reagimos. Não temos autonomia para fazer diferente. Se você já passou, e ainda passa, por momentos assim, precisa aprender a relaxar e se abrir para outras possibilidades.

ENCONTRANDO A CHAVE DO “OFF”

Para que este ano seja diferente, você precisa fazer o oposto, agir diferente. Por isso, a mudança de hábitos é tão importante. Para facilitar esse processo de mudança, comece com as modificações mais simples. Dormir e acordar em horários previamente definidos, ler um artigo inspirador todos os dias e fazer exercícios físicos regulares, cuidar da alimentação, são exemplos. Depois, passe para os hábitos maiores. 

Mas como substituir a vontade de agarrar todos os compromissos que vê pela frente para sentir-se realizada? Como aprender a falar “não” quando necessário?

É mesmo possível colocar necessidades e vontades pessoais no topo da lista de prioridades. Eu entendo que fazer mudanças comportamentais ligadas a sentimentos, mágoas, ressentimentos e traumas é mais difícil, sem dúvida.

Alguns dos nossos hábitos são, na verdade, mecanismos de defesa para evitar sofrimento. Se você sofreu no passado, é provável que o medo de encontrar uma situação ruim idêntica ou parecida acompanhe a sua vida. Esse sentimento fortalece a permanência na zona de conforto, isto é, a repetição das respostas aprendidas, dificultando desde as mudanças pequenas até as mais significativas. 

Deixar o costume de trabalhar demais, melhorar a rotina do sono e elevar o sentimento de autovalorização pode exigir a cura de incômodos emocionais. Por exemplo, a baixa autoestima e o complexo de rejeição podem encorajar o vício ao trabalho, a dificuldade de colocar e manter limites saudáveis. A pessoa que se sente desvalorizada arrisca a sua saúde mental e física para conseguir o reconhecimento de terceiros e, então, sentir-se amada e validada na vida.  

Na maioria das vezes, o que impede as pessoas de viverem com qualidade são elas mesmas. Por estarem “confortáveis” com seu modo de vida pouco saudável, não fazem esforços para mudar ou temem deixar a zona de conforto. O caminho para superar essa dor passa pelo autoconhecimento. Esse processo de crescimento pessoal não é fácil. Ele é formado por lágrimas, desabafos, liberação de raiva e muita reflexão. 

Neste caso, a psicoterapia é o processo de autoconhecimento e transformação pessoal, ajudando nos casos de ansiedade, depressão e outros transtornos, assim como é importante para a estafa mental e a Síndrome de Burnout.

Nos vemos no próximo mês? E siga @psicofatimabaroni para mais conteúdos sobre autoestima e amor-próprio.

Até a próxima.

Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755

 
Compartilhe esta notícia:

Este website utiliza cookies para fornecer a melhor experiência aos seus visitantes. Ao continuar, você concorda com o uso dessas informações para exibição de anúncios personalizados conforme os seus interesses.
Este website utiliza cookies para fornecer a melhor experiência aos seus visitantes. Ao continuar, você concorda com o uso dessas informações para exibição de anúncios personalizados conforme os seus interesses.