O Presente
Fátima Baroni Tonezer

O seu presente para 2025!

calendar_month 23 de dezembro de 2024
4 min de leitura

Um fato que poucas pessoas se dão conta sobre o amor-próprio é que ele não é apenas sobre se sentir bem consigo mesmo, mas também sobre estabelecer e manter limites saudáveis. Muitas vezes, amor-próprio é confundido com indulgência ou autoaceitação irrestrita, mas, na verdade, envolve também a capacidade de dizer “não” quando necessário, de se afastar de situações prejudiciais e de priorizar o que é melhor para o seu bem-estar a longo prazo, mesmo que isso signifique enfrentar desconfortos momentâneos.

Este ponto é essencial, pois, além de aprender a dizer não para os outros, para situações externas, é fundamental que desenvolvamos a capacidade de dizer não para nós mesmas. Isso é importante quando, para manter nossa “máscara” de boazinhas, para sermos amadas e pertencentes, inconscientemente nos damos pequenos mimos, como comer algo gostoso, mas que prejudica a saúde, comprar algo por impulso, que vai ser jogado dentro do armário e não usado, perder o controle e gritar ou ofender alguém porque todos os limites do suportável foram invadidos (geralmente com quem não fez algo que merecesse essa explosão),  entre outros exemplos possíveis.

Quando as pessoas não sabem que amor-próprio inclui estabelecer limites e priorizar o próprio bem-estar, elas podem agir de maneiras que comprometem sua saúde física, emocional e mental. Aqui estão algumas formas comuns de comportamento: dificuldade em dizer “não”, aceitando compromissos ou responsabilidades que não desejam, ou que são prejudiciais, porque sentem que precisam agradar os outros ou têm medo de desapontá-los. Busca constante por aprovação, por depender excessivamente da validação externa, moldando suas ações e decisões para agradar aos outros, em vez de se alinharem com seus próprios valores e necessidades.

Permanecer em relacionamentos tóxicos, abusivos ou situações que são prejudiciais, por medo de ficarem sozinhas ou por não acreditarem que merecem algo melhor. O que leva à outra atitude comum: o autoabandono. Podem ignorar suas próprias necessidades, saúde e felicidade, priorizando os desejos e expectativas dos outros. Isso pode levar a um esgotamento emocional e físico. O que ocorre pela dificuldade em priorizar o próprio bem-estar. Por colocar constantemente as necessidades de outros acima das suas, deixando de lado o autocuidado e o desenvolvimento pessoal. Esses comportamentos acabam minando a autoestima e criando um ciclo vicioso de insatisfação e ressentimento.

O amor-próprio é o apreço que você tem por si mesma, e se concretiza nas ações, comportamentos e atitudes que você tem para consigo. É dar importância ao seu bem-estar, cuidando das próprias necessidades, em consonância com seus valores e princípios. Na falta de amor-próprio, você se torna o seu pior inimigo. É quem mais se combate, mais se destrói pelo autojulgamento extremo.

“APRENDI HÁ MUITO TEMPO QUE A COISA MAIS SÁBIA QUE POSSO FAZER É ESTAR DO MEU LADO”!

Ouvi recentemente essa frase, atribuída a Maya Angelus, pseudônimo de Marguerite Ann Johnson, nascida em 1924, escritora e poetiza, ativista negra nos EUA e uma mulher revolucionária. Isto porque ao não me acolher, a autocritica e autojulgamento corrói internamente, acabando com a estima e apreço próprio. Amor-próprio é ser sua melhor parceira. Não significa não reconhecer seus erros e defeitos. Mas enquanto vai mudando suas atitudes e ações, desenvolvendo esses traços ao reconhecê-los e aceitá-los e, ao mesmo tempo, fortalecendo seus pontos de luz.

Como podemos fazer isso? Alguns passos: ser mais gentil e amorosa consigo, reconhecendo o contexto do momento. Ser menos crítica, não se julgando e menosprezando, percebendo seus sentimentos e sensações. Ser fiel aos seus princípios e valores. Estabelecer limites saudáveis nas relações. E perdoar-se. Aprendemos a perdoar o outro, mas nunca nos ensinaram que o auto perdão é essencial para uma vida saudável e emocionalmente estável.

Nos vemos na próxima semana? E siga @psicofatimabaroni para mais conteúdo como esse. Vamos conversar lá?

Até a próxima.

Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755

 
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