Neste mundo com exagero de estímulos, o fato é que perdemos a conexão conosco mesmas. Você tem ideia, percebe, o que o seu corpo precisa agora? Quais são suas emoções? Vamos pensar nisso por alguns minutos. Então, antes de continuar a leitura, pare, feche os olhos e respire calmamente.
Agora pense em um hábito que te sobrecarrega. Você já parou para perceber sua respiração, o ritmo do seu coração ou como seus músculos reagem a tensão durante o dia ou na semana? Como você acorda? Relaxada, disposta? Cansada, tensa, com dores musculares?
COMO VOCÊ TEM-SE SE ALIMENTADO?
Vamos pensar um pouco como estamos cuidando da nossa alimentação? O que coloca no prato vai impactar na sua saúde, física e mental, e não vou falar sobre dietas e padrões de magreza, não é isso! Veja, quando por estar cansada, estressada, triste, como qualquer coisa gostosa, peço um delivery, estou dizendo para minha mente que “eu mereço algo gostoso, mas ruim, porque é rápido e estou cansada ou triste”. O que comemos afeta diretamente a saúde de nosso cérebro.
Na psicologia e na nutrição comportamental dizemos que estamos comendo nossas emoções. É nesse ponto que as palavras acima se conectam com início deste artigo. Que hábitos estou repetindo que me afasta daquilo que eu desejo e preciso? Como estou me nutrindo? Essa pergunta vai muito além de macro e micronutrientes, vai no ponto central de comportamentos e atitudes que ressoam nos objetivos e realizações diárias.
NÓS, SERES HUMANOS, ESTAMOS SEMPRE NOS RELACIONANDO!
O que você aprende com seus relacionamentos? O relacionamento com outro pode contribuir para diminuir nossa autoestima pela comparação, pelas expectativas exageradas, pela atitude ruim de esperar que o outro nos salve, atendendo as nossas necessidades. Mas também pode contribuir para aumentar minha autoestima ao me permitir experimentar coisas novas, sabores, cheiros e conceitos mais amplos e diferentes dos meus, das minhas crenças.
No relacionamento intrapessoal, isto é, aquele que mantenho comigo, também é possível ampliar nossa consciência, própria e do mundo. Relacionar-se é uma experiência ímpar para conectar, conhecer, perceber e evoluir. No comportamento do outro e no meu comportamento.
Se você está num relacionamento ruim ou olhando para os defeitos do outro, está perdendo muitas oportunidades de crescimento e evolução. E se este relacionamento não tem nada de bom para agregar, o que você está fazendo aí? Terminar relacionamentos é muito difícil. Mas terminar um relacionamento comigo é mais complicado ainda, pois passa pela necessidade de perceber minhas sombras, meus defeitos (e todos nós temos) e melhorar.
Quando você muda de atitude, de hábitos, você melhora como pessoa e diminui a chance de entrar em relacionamentos tóxicos ou abusivos. É uma decisão, uma escolha: vou continuar aceitando migalhas, reclamando, esperando o outro mudar? Ou vou fazer o dever de casa e mudar “meu eu”, reconhecer as atitudes que contribuem para a minha desnutrição, crenças que me impedem de crescer. É uma decisão difícil, mas acredite, poderosa.
COMO EU FAÇO ISSO?
Para aumentar sua sensibilidade interna, sua leitura de si, o que você pode fazer hoje para cuidar de sua energia e disposição? Da última vez que eu perguntei isso, ouvi “fazendo querida”, com a voz mais doce e determinada que você consegue imaginar. É isso, é fazer o que é preciso, não o que é fácil ou gostoso. Vou colocar um caminho possível aqui.
Fazer pausas na sua rotina diária ajuda a trazer carinho e atenção para o corpo e mente, suas emoções. Uma dica: feche os olhos e procure uma imagem que te traga para o presente e te acalme. Fixe sua atenção nela enquanto inspira e expira suavemente, por um minuto. Você também pode escolher uma playlist com músicas que acalmem e nutrem emocionalmente, uma leitura, uma atividade que mantem sua conexão consigo mesma de forma leve e tranquila.
Nos vemos na próxima semana? E siga @psicofatimabaroni para mais conteúdo como esse. Vamos conversar lá?
Até a próxima.

Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755