A névoa mental não surge do nada e nem de um dia para o outro. São comportamentos e atitudes que fazem parte da nossa rotina e estilo de vida que podem ter impacto negativo na saúde física e mental.
Quando estamos bem física e mentalmente, nossa mente é clara, fazemos o que precisa ser feito, e a vida flui naturalmente. Até que um dia percebemos que isso não está acontecendo. De repente, não somos tão produtivas, estamos atrasadas, arrastando o dia ou os dias sem capacidade de nos concentrarmos. O estresse faz parte da nossa vida. E o Brain Fog ou névoa mental é um dos sintomas mais clássicos ou conhecidos do estresse.
Como citei no artigo anterior, existem diversas outras causas para a névoa mental. Vou me ater a algumas delas, mas é importante buscar uma avaliação médica, pois esta condição pode abarcar três tipos distintos de condições: estilo de vida, condição médica (transtornos, diabetes, entre outros) ou ser resultante de uma medicação. Como o título da matéria sugere, vamos olhar para nosso estilo de vida?
COMO EVITAR OU MINIZAR OS EFEITOS DO BRAIN FOG?
Alimente seu corpo e cérebro com o que ele precisa. Já estamos cansados de ouvir falar sobre isso, mas saber e não aplicar na vida, não muda o resultado, certo? Alguns nutrientes são essenciais para manter o cérebro ativo e saudável, tais como os ômegas, vitaminas do complexo B, magnésio, podem auxiliar a diminuir os efeitos da névoa e fortalecer seu cérebro. Manter a hidratação, tomando água, faz bem para o cérebro e o corpo.
Descansar é prioridade, não luxo. O cérebro precisa de pausas, de um tempo sem telas nem informações, fazendo coisas prazerosas ou não fazendo nada. Não ser produtivo o tempo todo nos angustia e assusta. O tédio é necessário para o cérebro se restabelecer e descansar. Estar próximo à natureza, dar risada, fazer leituras que não são necessárias para a produtividade, mas dão prazer, enfim, estar conectada consigo e suas necessidades.
Que nos leva ao terceiro pronto: cuide do seu sono. Tente manter oito horas de sono, sem interrupções. Afastar-se das telas algumas horas antes de ir para a cama auxilia no sono reparador. Assim como evitar ser a primeira ação do dia ao acordar, isto é, pegar o celular e navegar para ver o que aconteceu, o que você perdeu enquanto dormia. Uma boa noite de sono regenera nosso cérebro e recarrega as energias, tornando-a mais disposta e alerta durante o dia.
Outro ponto importante é o movimento. Você não precisa tornar-se uma atleta, mas movimentar o corpo é essencial. Manter-se ativa pode significar desde caminhadas ao ar livre, dançar, academia, entre tantas opções disponíveis atualmente. Inclusive manter-se ativa ajuda a reduzir o estresse, que é uma das principais causas da névoa mental. Além das atividades físicas, ioga, tai-chi-chuan e meditação são ótimos exercícios mente-corpo para reduzir o estresse pois auxiliam no relaxamento.
Se você tem por hábito a ingestão de café (e todos os produtos ricos em cafeína) e açúcar, saiba que eles também aumentam o estresse, assim como a ingestão do álcool, que aparentemente ajuda a relaxar, mas é uma mentira que custa caro à nossa saúde física e mental. Então se você vive de café para acordar e açúcar para dar energia, pode estar piorando sua névoa mental.
O sexto cuidado que auxilia a evitar ou diminuir essa névoa é aprender a estabelecer limites. Você precisa aprender a dizer não e que não precisa dar conta de tudo. Não se sinta obrigada a atender todo mundo, estar sempre disponível. É possível aprender a dizer não e delegar tarefas, priorizar suas necessidades e saúde.
E, finalmente, busque apoio sempre que precisar. Para evitar o adoecimento, procure ajuda. A psicoterapia é uma boa medida preventiva. Mas se você identificou alguns sintomas, se eles forem intensos ou persistirem, procure um médico. Um profissional de saúde é sempre uma indicação importante quando o assunto é cuidar da nossa saúde.
Para concluir, sua mente precisa de você. A névoa mental não é frescura, nem passa por conta. Se você não se cuidar, ninguém consegue fazer por você. Lembre-se que cuidar da sua saúde mental não é egoísmo, é necessidade. Se este texto fez sentido para você, compartilhe com outras mulheres que também precisam desse alerta. Juntas podemos nos cuidar melhor.
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Até a próxima.
Fátima Sueli Baroni Tonezer é psicóloga, formada em Psicologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Sua maior paixão é estudar a psique humana. Atende na DDL – Clínica e Treinamentos – (45) 9 9917-1755