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Isai Marcelo Hort

Trégua de natal!

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Uma das mais fantásticas comemorações natalinas da história aconteceu em dezembro de 1914.

Soldados alemães e ingleses se enfrentavam na Bélgica, durante a Primeira Guerra Mundial. A batalha era tomada pelo ódio e desejo de morte. Contudo, o “clima natalino” tomou conta dos soldados, que receberam cartas e presentes dos seus familiares. Eles começaram a recordar as belas e românticas festas natalinas.

Aquele sentimento levou os soldados alemães a cantarem “Stille Nacht” (Noite Feliz). Ao ouvirem a conhecida melodia, os soldados ingleses amoleceram e começaram a cantar a mesma canção em seu idioma.

Logo, as duas partes começaram a gritar felicitações: “Merry Christmas”, “Frohe Weihnachten” (Feliz Natal).

Um dos soldados alemães, Josef Sewald, gritou: “Vamos fazer uma trégua de natal”. Em seguida, ele ergueu as mãos e caminhou lentamente na direção dos ingleses. “Ninguém atire”, gritou o líder inglês. Receoso, ele foi ao encontro do alemão. Ambos apertaram as mãos se desejando um feliz natal.

As tropas inimigas se aproximaram. Sorrisos surgiram em meio à guerra. As trocas de tiros foram substituídas pelas trocas de presentes. As trincheiras foram decoradas com luzes. Árvores de natal foram enfeitadas com latas de alimento. Na manhã de natal, um culto ecumênico foi celebrado por um padre e um seminarista que estavam entre os soldados. Até um jogo de futebol foi organizado em clima de amistoso, e terminou com a vitória dos alemães.

Esta história é verdadeira e transmite esperança. Esperança de que a paz pode vir em meio às piores guerras. Historiadores chamam este episódio de “momento de luz da humanidade”. Ao mesmo tempo, sabemos que este momento não conseguiu acabar com a guerra.

A trégua durou em torno de seis dias. Então, os soldados voltaram para seus postos. Após ouvir dois tiros, um dos comandantes gritou: “A guerra começou novamente!”.

A humanidade se contenta com uma breve “trégua”. Damos os bem-vindos ao “clima de natal”, mas logo voltamos à guerra. Gostamos de receber presentes, mas não aceitamos o maior presente. Celebramos a vinda de Jesus, mas não deixamos que ele permaneça entre nós.

Algumas famílias tiveram momentos de luz durante as festas natalinas. A minha oração é que as “luzes” da festa cristã não sejam apagadas. Que aqueles que se abraçaram não voltem a lançar granadas.

A trégua de natal é apenas um gostinho da paz que Cristo deseja que tenhamos permanentemente.

“E ele será chamado… Príncipe da Paz”. Isaías 9:6

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