Fale com a gente

Pastor Mário Hort

Como é bom quando os irmãos convivem em união! – 1ª parte

Publicado

em

Em memória do pastor Mário Hort, o Jornal O Presente publica os últimos artigos escritos por ele.

 

Visitamos o Campo de Concentração Nazista Bergen Belsen, na Alemanha, para iniciar a escrita do presente tema. As dificuldades de convívio entre irmãos, famílias e igrejas de repente são reduzidas a quase nada quando chegamos ao Campo de Concentração Nazista, a seis quilômetros de minha hospedagem em Bergen, na residência de meu irmão pastor Norberto Hort, onde começo a escrita do presente tema.

Com uma única foto temos ideia do terror que passaram os 52 mil mortos e as 53 mil pessoas que os soldados britânicos conseguiram resgatar, no final da II Guerra Mundial. Todos eles foram trazidos até o final da linha do trem famintos, à beira da morte, e foram obrigados a caminhar à pé mais de cinco quilômetros até o lugar do extermínio.

Após o culto de domingo, eu fui convidado por um casal da comunidade de Bergen para o almoço. Eles residem nas proximidades do Campo de Concentração de Bergen-Belsen e obtive informações das atitudes dos alemães, que residiam nas proximidades de Bergen-Belsen.

O povo dos vilarejos próximos percebia o terror e nada pôde fazer, porém para amenizar a fome das pessoas atrás do arame farpado, criaram grupos de senhoras, que se juntavam para assar pães e os jogavam para dentro do campo, arriscando suas próprias vidas na tentativa de acalmar um pouco a fome dos prisioneiros.

A menina Anne Frank, famosa pelo diário que escreveu dos 12 aos 15 anos de idade, morreu em Bergen-Belsen.

Nós nos contorcemos em repúdio contra as pessoas que cometeram as atrocidades nos campos de extermínio nazistas. Porém, não devemos esquecer que o ódio contra o irmão aplica o mesmo veneno que tortura e mata.

O ódio político, familiar e religioso, em suas diferentes modalidades, obtém suas doses de ódio do mesmo “frasco” da tortura mortal.

O rei Saul ficou com inveja de Davi, pois ao retornar da guerra as mulheres cantavam: “Saul matou os seus milhares, e Davi os seus dez milhares!” 1. Sam 18:7.

Saul procurou matar a Davi, assim descobrimos de onde surge o “veneno” do ódio.

Este veneno está disponível na “farmácia” do peito mais consagrado, mas também no coração da pessoa mais humilde.

O veneno do ódio cresce no “campo de concentração” da inveja.

Saul indignou-se muito com o cântico das mulheres. ‘O quê? Estão louvando a Davi por dez milhares e a mim só por milhares? Pouco falta para que façam dele rei!’, pensou consigo. A partir de então, o rei Saul ficou sempre com um pé atrás em relação a Davi.

No dia seguinte, o espírito atormentador veio sobre ele com a permissão de Deus. E Davi, para o acalmar, começou a tocar a harpa como das outras vezes quando assim acontecia.

Saul, que tinha ao seu alcance uma lança, lançou-a repentinamente contra Davi com a intenção de cravar o moço contra a parede. Porém, Davi saltou a tempo para o lado e conseguiu escapar. Isto aconteceu também em outra ocasião, porque Saul temia a Davi e tinha ciúmes dele, pois o Senhor havia se retirado de Saul e estava com Davi.

1. Sam 18: 8 – 12.

A inveja e o ciúme causam ódio e matam. E estas “plantas” venenosas encontram campos férteis entre irmãos, amigos e causam muito dano ao ministério do evangelismo.

 

Mário Hort, o autor é pastor da Igreja de Deus no Brasil em Marechal Cândido Rondon

ecosdaliberdade@yahoo.com.br

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente