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“Oeste agora tem protagonismo”

calendar_month 27 de dezembro de 2025
16 min de leitura

O 1º secretário da Assembleia, Gugu Bueno, cascavelense melhor posicionado no xadrez político paranaense, caminha pelos corredores do Legislativo observando outras portas e outras cadeiras: “Oeste tem protagonismo político”

O deputado Gugu na entrevista para o Pitocast: “trouxemos tudo às claras”

Gugu Bueno tinha 12 anos de idade quando se deparou com exemplares do Pitoco na farmácia do tio, Antonio Bueno, no bairro Santa Cruz, porção Oeste de Cascavel.

Menino ainda, já demonstrava interesses pelo noticiário de política. O mundo das urnas corre nas veiasda família. O avô, Jorge Bernardo Bueno, foi vice-prefeito de Catanduvas e vereador em Guaraniaçu. O pai, Reinaldo, de longa atuação na Polícia Rodoviária Federal (PRF), também fez parte da vereança em Cascavel.

Quem via aquele menino devorando a cobertura política no jornalzinho da época não poderia imaginar a velocidade com a qual ele construiria sua carreira na vida pública: vereador, presidente da Câmara, deputado e agora “prefeito” da Assembleia Legislativa do Paraná, incluso no seleto grupo dos três homens públicos eleitos pelo voto popular mais poderosos do estado.

Gugu Bueno tem poder, e sabe usá-lo como poucos. Não será surpresa para seu entorno político se emergir como deputado mais votado do Paraná das urnas de 2026, marca que irá credenciá-lo para um salto ainda mais vistoso: a presidência da Assembleia Legislativa.

E foi recordando a carreira do pai na PRF, que Gugu Bueno abriu a “prosa” no Pitocast, o podcast do Pitoco, gravado no último dia 12. Acompanhe os principais trechos:

FUSCÃO DA PRF

A estrutura de atendimento nas rodovias ainda não é o ideal, mas mudou muito. Não tinha isso de ambulância. Muitas vezes era na própria viatura da PRF, um Fusca, que se carregava mortos e feridos. Meu pai conta que inúmeras vezes desceu o barranco as margens da rodovia 277 para trazer nas costas os acidentados. Dali levava as vítimas no Fusca para o hospital ou IML.

CONCESSÕES I

Por tudo que passamos aqui no Oeste com o pedágio, esse se tornou quase um assunto maldito. Tarifas caríssimas e sem obra. Estou certo que agora será diferente. As obras de duplicação da 277 em direção ao Oeste já começaram. O contrato foi muito bem feito. Estamos acompanhando de perto na Assembleia. Vamos entrar em um carro aqui em Cascavel e rodar em pistas duplicadas até Curitiba e o litoral.

CONCESSÕES II

Será um salto logístico de desenvolvimento econômico e segurança viária. Não há espaço para conchavos como no passado. As obras vão acontecer e o Paraná terá as melhores rodovias do país. Estamos falando de um pacote de R$ 40 bilhões em investimentos. Para dar uma noção, basta dizer que o orçamento do governo do Paraná para investimento 2026 é de R$ 7 bilhões. Qual era a hipótese do governo federal ou estadual algum dia juntar R$ 40 bi para nossas rodovias? Nunca. Nem hoje, nem em meio século.

OESTE É VICE

Vocês jornalistas da região jamais imaginaram um dia publicar que a região de Cascavel teria mais recursos públicos que Londrina, Maringá ou Ponta Grossa, certo? Mas é exatamente isso que obtivemos com nossa atuação política. Nossa região terá mais de R$ 630 milhões em investimento no próximo ano, atrás apenas de Curitiba, que concentra 35% da população do estado. O “Vocês jornalistas da região jamais imaginaram um dia publicar que a região de Cascavel teria mais recursos públicos que Londrina, Maringá ou Ponta Grossa, certo? Mas é exatamente isso que obtivemos com nossa atuação política” Oeste do Paraná agora tem protagonismo político na capital, com cascavelenses ocupando cargos chave na administração e no Parlamento.

DIAMANTE

Reformulamos o portal de transparência. A Assembleia teve um problema no passado com funcionários fantasmas, com diários secretos. As nomeações ficavam escondidas numa gaveta, não eram nem publicadas, supersalários. Trouxemos tudo às claras. O melhor portal de transparência do Brasil é o da Assembleia Legislativa do Paraná. Recebemos o Selo Diamante de Transparência. Somos bicampeões no selo, com índice de 100% de transparência.

BURACO NA RUA

A representação política precisa caminhar em absoluta sintonia com a população. Exemplo: uma das reclamações mais frequentes é com a malha asfáltica antiga e esburacada de Cascavel. Construímos uma agenda do prefeito Renato com o governador. Foi o primeiro prefeito a ser recebido no Palácio Iguaçu. Conveniamos a Prefeitura com o governo do Estado e temos R$ 300 milhões para pavimentação rural, urbana e recapeamento asfáltico. Para o recape são R$ 50 milhões já em processo de projetos e licitação.

PORTAS ABERTAS

Claro que isso tudo passa pela articulação política. Claro que isso envolve o fato de nós ocuparmos a primeira secretaria da Assembleia, de termos essa possibilidade de despachar com o governador a todo momento. Foi também por esses canais fluídos que obtivemos a autorização do governador para a maior obra de Cascavel, o nosso anel viário. É coisa de R$ 1,3 bilhão. O governador disse: “pode fazer o projeto que o dinheiro eu garanto”. E ele garante mesmo, como garantiu mais de R$ 200 milhões para o novo Centro de Eventos.

“AVENTUREIRO”

Sim, você tem razão. O mandato do governador pode acabar antes de todos esses projetos ficarem prontos. Porém, o grupo político que represento hoje, caso reconduzido ao mandato, banca o compromissado. Nós vamos dar sequência a tudo que foi ajustado. Agora, se o governo do Paraná cair nas mãos de algum aventureiro, aí a questão foge do meu escopo, não podemos mais garantir nada.

RUMO AO 1º TRILHÃO

Acompanhei a primeira reunião do secretariado no primeiro dia do governador Ratinho Junior no cargo, às 8 da manhã do dia 2 de janeiro de 2019. O governador abriu a reunião falando que tinha uma missão: dobrar o tamanho da economia do Paraná. Naquele momento nosso PIB era de R$ 412 bilhões. Era o sexto PIB do Brasil. Ano que vem, quando o governador Ratinho Júnior entregar o governo do Paraná, o PIB do Paraná terá passado dos R$ 800 bilhões de reais. Dobramos de tamanho, somos a quarta economia do Brasil, a passos firmes para a terceira posição. O Paraná é um cometa que ninguém mais segura.

URUGUAI, BOLÍVIA, PY

O Paraná tem uma taxa de desemprego abaixo de 3%. Para entender melhor esse índice, a taxa de desemprego na China hoje está em 5%. Na Alemanha está em 6,7%. No Paraná está abaixo de 3%. O PIB do Paraná é maior que a soma de países vizinhos. O PIB do nosso estado hoje é maior que o PIB do Uruguai, do Paraguai e da Bolívia juntos. Nós somos maiores que esses três países juntos.

PRESIDENTE DA AL?

Consolidamos e ampliamos nossa base política. 38 dos 50 prefeitos do Oeste tem vinculação política conosco. Temos ainda outras dezenas de prefeitos e importantes lideranças na base de apoio em todas as regiões do Paraná. Eu faço política por vocação, por paixão. Se Deus permitir, a gente vai prosseguir lá na Assembleia. Uma vez reeleito, a presidência do Legislativo é um passo natural. O Curi, que hoje é presidente, foi primeiro secretário, cargo que permite uma ascendência no colegiado de deputados.
Não escondo de ninguém, estou preparado para ocupar a presidência da Assembleia.

“Nós vamos dar sequência a tudo que foi ajustado. Agora, se o governo do Paraná cair nas mãos de algum aventureiro, aí a questão foge do meu escopo, não podemos mais garantir nada”

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Força, ministro Fachin

O Brasil precisa apoiar o presidente do STF, o toledense Edson Fachin, em sua tentativa de estabelecer um código de ética para o Supremo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, propôs um código de ética para ministros. A reação dos colegas, entre a indiferença e a irritação, não poderia ser mais eloquente, razão pela qual, segundo se relata em Brasília, Fachin está isolado no Supremo. Diante disso, este jornal manifesta total apoio à iniciativa de Fachin – e concita o Brasil a fazer o mesmo. Se o presidente do Supremo está isolado na Corte, deve ficar claro para seus pares que o País está com ele.

Suprema ironia: o tribunal que alterna seus dias entre promover cruzadas moralizantes e reescrever leis e a própria Constituição recusa-se a redigir um punhado de regras para si mesmo.

ROTINA DE PRIVILÉGIOS

Paradoxal, mas consequente: regulamentos elementares de decoro e transparência, que regem as cortes de democracias civilizadas, ameaçam a rotina de privilégios, permissividade e jurisdições alternativas no Brasil – viagens bancadas por empresários com processos na Corte; jantares de lobby travestidos de “seminários”; palestras remuneradas por grupos de interesse; camarotes e jatinhos emprestados; parentes operando como cambistas processuais; sociedades comerciais de ministros; comentários políticos na grande mídia; apadrinhamento de indicações na Justiça; costuras com caciques parlamentares. No mundo real isso se chama conflito de interesses; no STF é “agenda institucional”.

RESERVA AMORAL

A Corte é hoje a reserva amoral da Nação. Os ministros tornaram inaplicáveis a si mesmos as resoluções do Conselho Nacional de Justiça, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional e seu Código de Ética. Declararam se imunes a impedimentos por suspeição, limitações a atividades empresariais ou à obrigação de se manifestar somente nos autos. Quando o topo cultiva a indústria do lobby judicial, o empreendedorismo togado, o nepotismo de alta performance, o ativismo ideológico, a guerra santa contra a transparência, por que um desembargador se daria ao trabalho de dizer “não”? Juízes e promotores observam e concluem: a ética é adereço opcional. O STF deveria ser o vértice da integridade republicana. Converteu-se
no epicentro da degradação. A confiança pública na Corte segue em queda livre. Tribunais vivem de autoridade simbólica – e ela se desintegra quando seus membros parecem personagens de uma crônica de costumes, não guardiões da lei.

COLEÇÃO DE FRAUDES

O caso do Banco Master é um microcosmo nesse universo promíscuo. Seu controlador, Daniel Vorcaro, investigado por uma coleção de fraudes, patrocinou encontros exclusivos dos ministros com políticos e empresários e celebrou contratos multimilionários com seus parentes. Quando sua situação criminal se agravou, uma petição nebulosa aterrissou no gabinete de Dias Toffoli, que já confraternizou com ele e advogados do banco. O inquérito foi trancado sob sigilo e descansa em paz.

Se o Estado não controla sua cúpula judicial, como resistirá à infiltração do crime organizado? “Esse país já teve presidente preso, deputado preso, governador preso”, alertou o senador Alessandro Vieira, “mas ainda não teve ministros dos tribunais superiores – e me parece que esse momento se avizinha”.

BLINDAGEM ATIVA

A crise ética não decorre de pecadilhos individuais. É estrutural. Nasce da fusão entre poder ilimitado e autorregulação indulgente. O personalismo monocrático contaminou a vida judicial. A autoimunidade é reforçada por uma blindagem ativa contra qualquer controle externo: rechaço a auditorias independentes, resistência a mecanismos parlamentares de responsabilização, hermenêuticas criativas que convertem prerrogativas em salvo-condutos. O STF tornou-se juiz – e não raro cúmplice – de si mesmo. Quebrou a bússola moral e a jogou fora.

CRISE MORAL

O código proposto por Fachin não é panaceia, mas seria um bom começo. Ele não limitaria a liberdade da Corte, só a libertinagem de seus ministros. O STF vive a maior crise moral de sua história. E não porque é desmoralizado por “extremistas de direita”, mas porque seus membros normalizaram comportamentos que em jurisdições civilizadas são incompatíveis com a toga. Um tribunal que confunde independência com licença, prerrogativa com privilégio e autoridade com impunidade não conseguiria defender a Constituição – nem que quisesse.

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Reforma Tributária vai exigir reinvenção das empresas

O alerta é do especialista Adriano Subirá em evento promovido pela Vallor

Com 32 anos de atuação na RF, Adriano Subirá participou da construção da Reforma Tributária: “O impacto será profundo”

Às vésperas da entrada em vigor da Reforma Tributária, a Vallor Contabilidade reuniu empresários para uma palestra exclusiva com Adriano Subirá, um dos maiores especialistas do País no tema. Com 32 anos de atuação na Receita Federal, Subirá participou diretamente da construção do PLP 68 (Projeto de Lei Complementar) e da elaboração das minutas da reforma. A mensagem central foi clara: o País viverá uma transformação econômica profunda, que exigirá mudança de modelo de negócios, de negociação e de precificação.

“Não estamos diante apenas de uma reforma tributária. É uma reforma econômica”, afirmou Subirá ao iniciar sua exposição, destacando que a implementação será tecnológica e a execução será humana, feita por profissionais, gestores e contadores que precisarão entender rapidamente esse novo ambiente. Por essa razão, ressaltou, os escritórios de contabilidade que estão se preparando bem para a mudança se tornarão os grandes protagonistas da economia, conduzindo seus clientes nesse novo modelo de gestão.

NOVO MAPA DA ARRECADAÇÃO

Uma das mudanças estruturais da reforma é a transição da tributação na origem para a tributação no destino. Esse movimento reconfigura o fluxo de arrecadação entre municípios e estados, e até mesmo dentro das empresas. Subirá exemplificou com Cascavel: hoje, parte da arrecadação gerada pela produção local retorna à cidade mesmo quando o consumo ocorre em outro município. Com a reforma, tudo o que for consumido fora não ficará mais em Cascavel. Contudo, novas receitas deverão surgir de operações atualmente não captadas pelo município. “Cada cidade precisará analisar sua matriz econômica e suas vocações. Municípios e estados terão de se reinventar”, disse Subirá, reforçando que o impacto será profundo no desenvolvimento regional.

LÓGICA DE PRECIFICAÇÃO E NEGOCIAÇÃO

Segundo Adriano Subirá, a reforma altera fundamentos importantes sobre como empresas formam preços e negociam com fornecedores e clientes. Com a implantação do crédito financeiro universal, “tudo passa a gerar crédito, desde que o fornecedor pague corretamente o imposto”.

Isso significa que:

acaba a discussão sobre o que é ou não insumo;

o preço líquido – e não mais o preço cheio – passa a ser o elemento central nas negociações;

empresas precisarão exigir mais qualificação e regularidade tributária de fornecedores (só terá o crédito se o fornecedor pagar o imposto antes);

contratos comerciais terão de ser revisitados ao longo da transição.

“É uma mudança de modelo de negociação. Para fechar contrato, será necessário colocar mais números sobre a mesa. Não dá mais para espremer fornecedor ou cliente: será um processo muito mais transparente e cooperativo”, afirmou. Ele reforça que há uma oportunidade estratégica a todas as empresas: “Com a reforma, processos internos precisarão ser repensados. É um bom momento para revisar fluxos, melhorar logística e aumentar produtividade da sua empresa.”

Essa novidade afeta o próprio regime tributário das empresas. Estimativas não oficiais do Sebrae, citadas por Subirá, indicam que até 70% das empresas podem migrar do Simples Nacional para o Simples Híbrido. “As empresas terão de pôr na ponta do lápis e ver qual o melhor regime para o seu negócio”.

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Fluxo de caixa: o desafio do Split Payment

Empresários acompanharam, atentos, a palestra sobre as principais mudanças tributárias

Um dos pontos que mais chamaram a atenção dos participantes foi o impacto financeiro da retenção automática do imposto, o chamado Split Payment, que conectará nota fiscal e pagamento na mesma operação. O sistema que integrará bancos, meios de pagamento e fiscos – fará com que o tributo seja retido antes mesmo de o vendedor receber o valor líquido da venda.

Isso cria novas dinâmicas:

vendas antecipadas ou adiantamentos podem gerar recolhimento imediato;

empresas que recebem antes de pagar poderão ter impacto inverso ao atual;

setores com prazos longos de pagamento sentirão pressão de caixa;

a gestão financeira precisará ser integrada à gestão tributária. “Mesmo vendendo a prazo, a ‘maquininha’ poderá puxar o imposto antes do vencimento da guia. Isso altera o planejamento financeiro das empresas”, alertou Subirá.

FIM DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

A boa notícia é que a reforma vai simplificar a rotina fiscal. Com todos os documentos concentrados em um único ambiente e com vinculação automática entre nota e pagamento, o Fisco passará a fornecer uma apuração prévia, eliminando diversas obrigações acessórias atuais.

Entre as principais mudanças estão:

fim do SPED EFD – Contribuições em 2027;

extinção do SPED Fiscal em 2033; declarações do Simples Nacional serão pré-preenchidas;

haverá um “extrato tributário” semelhante ao extrato bancário, detalhando débito por nota.

Subirá resume: “Se hoje temos mil notas, no novo sistema teremos mil débitos individualizados. O acompanhamento será nota a nota.”

TRANSIÇÃO EXIGE PREPARAÇÃO IMEDIATA

Adriano Subirá reforça que a transição não será simples e começará antes do que muitos imaginam: “2027 já é amanhã em termos de preparação tecnológica e de revisão de contratos”. E recomenda que empresas iniciem agora:

ajuste e reparametrização dos sistemas de gestão (ERP);

revisão de contratos com cláusulas de repasse e apuração;

análise de margem e impactos na formação de preços;

mapeamento de fornecedores e clientes quanto à parametrização tributária;

revisão da matriz econômica municipal e setorial.

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“Casamento não é centro de reabilitação de meninão”

Antes que virem maridos mal criados: um guia urgente para mães de meninos

Esse livro deveria ser lido por homens casados, sim – mas eles provavelmente não lerão, porque se consideram evoluídos demais para isso. Pois bem – então que fiquem fora. Em segundo lugar, deveria ser lido por esposas, mas estamos num país onde a média de leitura anual é cerca de 3 livros/ano por pessoa.

Então, o público real são as mães de menino. Mães que educam para que o menino torne-se homem, marido, pai. Mães que sabem que um filho emocionalmente bem criado hoje aumenta as chances de o futuro lar dos seus netos ser harmonioso. Porque quando um homem ainda é menino emocionalmente, adivinhe: vai sobrar para a esposa “educar a criança”. E casamento não é centro de reabilitação de meninão, é para ser relacionamento entre adultos.

Educar um menino é como plantar uma muda de árvore: se você rega bem, poda no tempo certo, protege do vento, daqui a anos colhe sombra e fruto. Já deseducar um adulto imaturo é como tentar arrancar um tronco velho e plantar tudo de novo – exige muito mais machado, suor, e ainda sobra raiz entalhada no chão que ninguém remove. E, convenhamos, não é só trabalhoso – é doloroso para a própria árvore. Uma muda aceita direção; um tronco velho resiste, racha, estala, protesta. Educar menino é cuidado; reeducar adulto é quase agressão botânica.

Falo disso com propriedade: esse manual não nasceu de teoria de gabinete, mas de décadas de experiência pessoal e de acompanhar a rotina emocional de muitas esposas que chegavam exaustas, repetindo o mesmo padrão – tentando ‘corrigir’ em seus maridos o que deveria ter sido ensinado anos antes.

Esse livro usa ironia com psicanálise para mostrar que o “marido mal criado” não é apenas um problema do casal – é o resultado de anos em que alguém (geralmente a mãe) deixou a educação emocional para depois. E agora o casamento paga a conta. Se você é mãe de menino, este é o momento de agir. Porque o futuro da família – e dos seus netos – depende dele.

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

pitoco@pitoco.com.br

 
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