Um dos piores sentimentos que um ser humano pode experimentar é a inveja. Isso gera uma angústia tão profunda e descontrolada que, muitas vezes, leva a atitudes impensadas, grosseiras e desnecessárias.
Esse sentimento fala muito mais do fracasso de quem inveja do que de qualquer coisa sobre quem está sendo invejado.
Na incapacidade de conseguir ter ou ser como o outro, a inteligência emocional se ausenta deixando espaços para aflorar aquilo que o invejoso tem de pior em si.
A inveja é um estado de espírito transformado em sentimento, onde potencialmente está o desejar mal ao outro, criticar sem fundamento, buscar aportar defeitos sem verdades, muitas vezes criados por uma mente confusa e cheia de rancor.
É tão triste olhar para um invejoso e ver o quanto a sua alma está embaçada, em quanta energia negativa ele constrói dentro de si e quanto tempo perde buscando denegrir o outro, quando poderia usar o mesmo tempo para investir no seu amadurecimento e crescimento.
A inveja fala de um espírito confuso, de uma alma carregada de maus sentimentos, de gente mal amada, infeliz, sem foco, sem rumo e sem fé.
A inveja é como um veneno que o invejoso toma e que o fará morrer aos poucos enquanto se perde em si mesmo.
Em relação a esse sentimento horrível de desconstrução, precisamos criar mecanismos de autodefesa, olharmos para nós com amor e cuidado, fazermos o melhor que for possível em tudo, seguirmos o nosso caminho focados nos nossos objetivos e não perder Deus de vista.
O que para os homens pode, às vezes, parecer difícil ou até mesmo impossível, para o Deus do impossível é o seu jeito de cuidar com dedicação de cada cantinho, criando escudos de todo jeito para nos proteger de todo o mal.
Então, quem crê em si e tem Deus onde depositar todas as suas esperanças e confiança, não precisa temer.
Deus jamais irá permitir que ninguém seja atingido por almas vazias desejosas em fazer o mal. Mesmo quando dormimos, Deus não dorme e está sempre cuidando de nós.
Que a nossa fé seja maior que os nossos medos, então nada e ninguém poderá nos atingir.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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