Quando escolhemos algo, seja o que for, vem do nosso livre-arbítrio e de acreditar que a escolha que fazemos é a melhor.
Diante disso, não podemos ficar reclamando, pois, indiretamente, perdemos o direito de lamentar por aquilo que deixamos para trás.
Quando se passeia pelas redes sociais vale a pena ver e ler o descontentamento de muitos, reclamando que deveria ser diferente as escolhas que eles mesmo fizeram.
Sabendo que todos os dias a vida vai mudando, é quase uma insanidade ser “emocionado” ao ponto de esquecer que o sentido da vida é pra frente.
Cada escolha gera consequências porque a vida acontece exatamente assim.
Quando ao escolher algo, seja o que for, pensando no ganho momentâneo, estaremos deixando pelo caminho todo o futuro e o que poderá advir dessas escolhas.
Assim, diante das nossas escolhas estarão as consequências as quais permitimos indiretamente que aconteçam.
Aí vem a pergunta: como eu saberei o que é o melhor?
Projetando a vida para adiante do que se vive hoje, avaliando perdas e ganhos, prestando atenção em nós e no entorno para só depois decidir.
Vai dar certo? Entre o começar sem o mínimo pra dar certo, e começar com múltiplas possibilidades positivas, ficará mais fácil decidir. É preciso afastar a cortina que cega e escolher o que tem maiores possibilidades de acertos, caso contrário a probabilidade de caminhar sem rumo se potencializará.
Uma vida feliz não vem de um caminhar sem rumo, de trilhas feitas pelos outros, de indicação de quem sequer conhece a geografia do caminho, vem do nosso autoconhecimento, da avaliação do futuro que desejamos, da firmeza dos passos, da coragem de se posicionar, da consciência das nossas necessidades e do desejo de uma vida próspera e feliz.
Diante da liberdade de decidir o futuro, muitos ainda caminham às cegas, pegando trilhas, escorregando, vivendo de migalhas, dependendo dos outros até para saber o que pode ou não falar, deixando simplesmente a vida e os outros decidirem por si, esquecendo totalmente que nada paga a liberdade de fazer as próprias escolhas.
Pra gente pensar!
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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