O Presente
Silvana Nardello Nasihgil

Consciência e responsabilidade nas atitudes clareiam sentimentos

calendar_month 18 de setembro de 2025
3 min de leitura

Esse texto é ilustrado pela Sophie e todo o amor que ela inspira, mas não é só sobre gatos.

Olhei para a gatinha Sophie plena, serena e confiante, dormindo um sono profundo totalmente em paz. O meu coração se encheu de amor!

Muitos podem dizer: como se pode amar um gato com um amor tão grande como se fosse família?

lembrei do O Pequeno Príncipe e de imediato me veio a resposta: foi o tempo que dediquei e dedico à gatinha Sophie que fez e faz dela alguém tão importante pra mim. E olhando para a serenidade com que dormia eu pensei: isso é fruto da confiança de ser amada, se abandonando em um sono profundo tranquila e segura.

Assim são as relações humanas. As pessoas que se tornam importantes e prioridades nas nossas vidas, as quais nos dedicamos, experimentam a confiança e paz de serem amadas, conseguem se entregar, partilhar a vida, criando laços afetivos que dão significado ao existir.

Isso se chama amor!

O amor é um exercício constante de parceria, entrega, dedicação, cuidado, atenção, de buscar compreender o outro nas diferenças, de ser paciente, ouvir, criando um espaço seguro onde a reciprocidade manterá os sentimentos através de palavras e atitudes, permitindo que cresçam cada vez mais.

O amor é como a fé, sem ações ele não tem como existir, sem reciprocidade se torna estéril e morre aos poucos até se extinguir.

Muitas vezes, buscamos nos outros as respostas para a falta de conexão, o esfriamento dos sentimentos, mas sequer buscamos avaliar aonde foi que não fizemos a nossa parte, quando foi que paramos de nos importar, de regar e cuidar da nossa plantinha permitindo que ela morresse.

Muito daquilo que desejamos não depende só dos outros, se não fizermos a nossa parte tudo acontecerá somente pela metade.

Aquilo que compete a nós não será feitos por mais ninguém!

Precisamos ter autoconsciência de quem somos, o que somos, o que e como desejamos viver. Tomar posse das nossas vidas e fazer as escolhas necessárias para alcançarmos os resultados sonhados.

Não dá para desejarmos uma vida de paz se semearmos discórdia, se não soubemos nos calar, pensar, refletir, se caminharmos derrubando tudo pelo caminho, abrindo espaços na força, esperando que o outro faça a parte dele e a nossa.

Quando fizemos bem feita a nossa parte, então teremos como avaliar se é possível ficar ou se é preciso ir. A consciência e a responsabilidade das nossas atitudes é que clareiam os nossos sentimentos.

Quando alinharmos as atitudes com as palavras, saberemos como encontrar equilíbrio. A paz experimentada nas relações maduras traz serenidade e confiança, permitindo que o amor faça morada e cresça abundantemente.

As emoções que desenvolvem a afetividade nos colocando na vida do outro, uma vez conduzidas com responsabilidade, com a maturidade que uma relação real precisa pra existir, transformam as dúvidas em certezas e as angústias e paz.

Assim seremos como a Sophie, nos abandonando na paz de um sono sem medos, cheios de confiança em que o acordar carrega infinitas esperanças da força do amor.

“Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!” Freud

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

@silnasihgil

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