Já passou da hora de nos darmos as mãos

Que as dificuldades e as angústias que não conseguimos dissipar sirvam para nos ensinar a sermos mais humildes e muito mais empáticos.

Já passou da hora de nos darmos as mãos e usarmos esse momento dramático da pandemia para crescermos como seres humanos.

Está difícil crer que ainda exista quem brigue por mimimi, ideologias, intolerância, preconceito… e que ainda não aprendeu a respeitar as diferenças.

Está difícil crer que diante de um cenário mundial de tanta miséria e sofrimento tem gente que não para de ostentar idiotices, exibindo a vida como se ela fosse uma passarela, desfilando tantas coisas que em nada acrescem.

Está difícil ver e compreender quem insiste em viver na sua redoma de vidro para se isolar do sofrimento alheio, fazendo de conta que as coisas ruins estão em um planeta à parte.

Já passou da hora de pararmos com o negacionismo, chegou a hora de olharmos em torno e ver que a realidade dos outros precisa ser enxergada, que precisamos ter caridade, compreensão e respeito.

Enquanto o mundo “ferve” e a humanidade sofre em uma dimensão jamais imaginada, não dá para continuarmos “sambando” como se tudo isso estivesse em outra dimensão. Precisamos tomar posse da realidade, ter compaixão, caridade, olhar o sofrimento alheio e senti-lo como um pouco nosso.

 

 

 

O momento nos implora para levantarmos os olhos para o céu e pedirmos com fervor que Deus olhe por nós e pelo mundo inteiro.

 

Não podemos esquecer que se as dores das pessoas que hoje machucam o mundo não nos tocar, então o nosso lugar não é aqui.

Quando tudo isso passar precisamos pelo menos ser um pouquinho melhores do que já fomos quando tudo estava bem. É o mínimo do mínimo que alguém pode se esforçar para ser.

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

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