Em tempos de sentimentos “líquidos”, uma simples demonstração de afeto pode ser confundida com amor verdadeiro.
O amor, por ser o mais nobre dos sentimentos, é exigente e precisa ser construído. Não tem como dizer que se ama alguém sem sequer conhecer os detalhes do outro.
Pode ser que seja paixão, um sentimento que pode ser facilmente confundido com amor, principalmente para os mais carentes. A paixão simplesmente pode aflorar pela atração sem necessitar estender-se para além.
Diferente da paixão, o amor requer comprometimento, conhecimento, convivência, experiência de partilha… e será nos detalhes que o interesse pode se transformar em amor.
Amor de verdade não se dissolve do nada, sem razão ou explicação, diferente da paixão, que ao passar o encantamento perde a razão de existir.
Então, ao término de um relacionando, precisamos ter serenidade e não permitirmos que se instale um sofrimento desmedido por acreditarmos que se algo que simplesmente moveu o sentir possa ser amor.
O amor não se perfaz simplesmente porque o coração acelera; ele vai muito além.
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”.
Quando for amor, ao dizer “eu amo você”, que seja dito com responsabilidade emocional e com a consciência de saber que se está tocando a vida de outra pessoa ao incluí-la nesse sentir.
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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