Muitas vezes, nos pegamos em situações de extremo cansaço de tanto insistir naquilo que se repete sem cessar, e isso nos dá a sensação que se calar é o melhor a fazer.
Se calar diante do caos só serve para ampliar o desconforto, ao contrário de resolver aquilo que já não está bom e tende a ficar pior.
Não podemos nos permitir adoecer quando somos dotados da capacidade de falar, argumentar, perguntar, explicar e buscar solucionar as demandas.
As pessoas precisam conversar, precisam se posicionar, falar e ouvir. Quando isso não acontece, o outro não pode adivinhar o que sentimos, muito menos saber que ainda existe a possibilidade de fazer dar certo.
Só o diálogo franco e aberto pode dissolver os mal-entendidos, onde cada um pode avaliar como se sente e se permitir compreender o outro. Isso serve para todas as relações, além dos pares, as relações familiares, de amizade e de trabalho.
As pessoas vivem em desalinho quando se calam, porque se permitem viver em uma bolha de sofrimento guardando para si todos os sentimentos, engolindo choro e a angústia por medo de se posicionar. Esse comportamento torna o ser humano refém de si, se permitindo perder a própria identidade, vivendo à margem da felicidade.
Então, precisamos aprender que é necessário falar e ouvir. Nunca existirá outro meio de ajustar a vida sem que se converse, porque a falta de diálogo mostra falta de interesse e a falta de interesse destrói qualquer relação.
Pra gente pensar e agir!

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
silnn.adv@gmail.com
@silnasihgil
Quer ler mais artigos da Silvana? Clique aqui!
