O Presente
Silvana Nardello Nasihgil

Normalizar absurdos passou a ser o “novo normal”

calendar_month 24 de julho de 2025
2 min de leitura

Diante de tudo o que vem acontecendo, eu venho procurando uma resposta e não tenho encontrado de jeito nenhum. Pelo contrário, quanto mais busco respostas, mais aumentam as dúvidas.

Eu já tenho vivido muito pra poder dizer que a humanidade nunca viveu uma época onde imperam tantas pessoas sem noção. Sem noção de si, sem noção do entorno, sem saber fazer escolhas do que é aceitável e o que passa longe disso.

Normalizar os absurdos já passou a ser o “novo normal”, e pior, sem perceber estamos aceitando muitas coisas sem a menor lógica real.

Com a recente escolha do novo papa, li e vi coisas nas redes sociais que eu queria muito ter desvisto. Julgamentos de toda a natureza e muita maldade que no fundo não tinha nada a ver com o papa; era a pessoa deixando exposto o seu pior.

Todos os dias vemos cenários políticos absurdos e pessoas apoiando, defendendo. Povo sendo roubado na cara dura, sendo ludibriado, enganados com promessas não cumpridas, postagens exibicionistas e fantasiosas. Mesmo diante de tanto engodo ainda sobra pra muitos tentarem justificar o injustificável.

Famílias se degladiando, jogando indiretas sem filtro pra todo mundo participar, tomar partido e opinar sobre suas intimidades.

Está crescendo de modo assustador o número de pessoas que acreditam ser de um jeito ou de outro, fugindo da realidade e buscando desviar a responsabilidade de existir em um mundo que existem outros além de si.

Não basta mais ser humanos com toda a complexidade da raça, agora os therians (pessoas que se reconhecem como animais) começam a se espalhar por aí. Do nada iremos encontrar cavalos, cachorros, ratos, coelhos… e teremos que olhar e não podemos sequer nos sentirmos estranhos e muito menos questionar. Nem que seja um questionamento íntimo, já começamos a ter medo de sofrermos alguma represália por crer que podem nos taxar como preconceituosos.

Está difícil viver e conviver em um mundo que perdeu o bom senso e vem perdendo os valores. Hoje árvores têm muito mais valor do que os seres humanos.

Pra onde estamos indo e aonde desejamos chegar?

Pra gente pensar e repensar a vida e a condução do nosso existir.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

@silnasihgil

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