
Ao ler esse post fiquei pensando em como o ser humano muitas vezes perde a oportunidade de ficar calado, ao invés de deixar as pessoas em dúvida sobre a sua ignorância, falta de empatia e amargor, transborda a certeza do que é, deixando aberto espaços para que os outros descubram uma realidade difícil de digerir.
Passeando nas redes sociais não são poucas as vezes que palavras jogadas ao vento me fazem pensar: eu até achava que essa pessoa tinha educação, respeito e sabia se comportar, mas ela faz questão de desenhar o que carrega em seu interior, deixando transparecer o pior de si.
Esse ano eu tive experiências tristes e muito doloridas, precisei excluir da minha vida muitas pessoas, gente de coração ruim, de atitudes grosseiras, ignorantes, com falta de empatia, sem educação, com falta de respeito, gente que sequer conhece a mim e minha família, tentando nos diminuir, gente que fala sem pensar no contexto com o único intuito de ofender, gente que se achava grande e se mostrou tão pequena que eu só pude sentir pena.
Muitos eu não conhecia e creio fielmente que não sabem nada de mim, não sabem nada da minha família, e mesmo assim se acharam no direito de criar absurdos e espalhar como verdades. Triste ler e ouvir coisas tão fora do contexto onde só a maldade, a falta de caráter e de valores podem justificar a criação de tais absurdos.
Pior que algumas dessas pessoas foram gente que eu jamais poderia sequer imaginar o que guardavam em si, se mostrando muito pior do que eu poderia imaginar, de uma maldade tão expressiva que até chegou a assustar.
Foi decepção somada com decepção.
Precisei processar, buscar o que sei e o que aprendi e conclui: cada pessoa é única e tem o direito de ser do jeito que quiser, pode agir como bem entender, a mim cabe a escolha de deixar que permaneçam na minha vida aceitando o mal que me causam ou excluí-las pelo bem da minha saúde mental.
É assim que a vida é feita, nós nos decepcionamos muito porque colocamos expectativas nos outros, acreditamos que os conhecemos, que eles jamais fariam o que a gente não faria. Engano! Eles podem fazer até muito pior do que imaginamos.
Nesse caminhar pela vida, não podemos esquecer do nosso livre arbítrio, do nosso direito de fazer escolhas.
Existem os que podem e são muito bem vindos nas nossas vidas, os que só de vez em quando, e os que, pelo mal que nos causam, precisam ser riscados, excluídos da nossa existência.
Não podemos permitir que ninguém tire a nossa paz, nos angustie e abstraia o nosso equilíbrio emocional. Antes que chegue a situações extremas, mais fácil e simple olhar para a vida e dizer: eu mereço muito mais, minha saúde mental não pode permitir que nada e ninguém tente desconstruir a minha paz.
E assim tenho caminhado em paz, cuidando da minha vida sem olhar para aqueles que por escolha consciente deixei pelo caminho, a saúde mental e o equilíbrio emocional me agradecem todos os dias.
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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