Um dia a gente é criança, no dia seguinte adolescente, pulamos rapidamente para a fase adulta e quando a gente se dá conta… puffff! Estamos usando cartão de estacionamento para ter vaga preferencial.
Às vezes, eu penso que deveríamos nascer velho e morrer bebê, então saberíamos aproveitar todas as fases da vida com maturidade e consciência.
Mas já que a vida é do jeito que é, tendo um ciclo que vai acontecendo com uma velocidade assustadora, importa muito prestarmos atenção nos detalhes. Todos os dias surgirão novas coisas de toda natureza, as quais precisamos ir processando. Muitas são as coisas boas, e a maior parte disso nem percebemos, deixamos passar, e só depois, lá na frente, tomamos consciência do quanto perdeu, do quanto estivemos sofrendo, reclamando, dificultando as coisas enquanto a vida andava a galope.
Nesse viver sem observar a vida, sem valorizar as coisas e as pessoas, o tempo vai passando…
E o tempo é cruel com quem fica estacionado na vida, porque ele passa e não espera ninguém se decidir se quer ser feliz ou não.
Quando um dia termina, deveríamos fazer uma reflexão de como fizemos uso do tempo e das oportunidades que nos foram dadas, o que poderíamos ter feito diferente, o que nos faz feliz, o que nos tira a paz, e muitas vezes por esquecer que temos escolhas, deixamos como está. Esquecemos de valorizar as boas coisas, de sermos gratos, e sem atitudes, se sobra algo para ser dito, reclamamos.
Poucos são os que se reconhecem como protagonistas da sua história, que tomam posse da sua existência e vivem para plantar as melhores sementes, colhendo os melhores frutos.
Amanhã será um novo dia, menos um dia no cálculo da nossa existência. Já pensamos sobre o que iremos fazer?
Que sentimentos queremos experimentar? De termos escolhido o melhor da vida ou de termos permitido que a vida simplesmente acontecesse de qualquer jeito?
Para a gente pensar!
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
silnn.adv@gmail.com