O amor é um sentimento que aprendemos desde quando ainda estamos no ventre das nossas mães. Embora pareça muito natural esse processo, muitas crianças não foram e não são amadas ou desejadas. Então, crescem sem experimentar o abraço que acolhe, as palavras que salvam e a sensação de estarem seguras. Quando adultas, vivem para se defenderem de tudo e todos, desenvolvendo um comportamento agressivo, que vão “despejando” por onde passarem.
Muito triste constar que muito do ódio, dos comportamentos negativos que algumas pessoas carregam dentro de si, vem do amor que nunca receberam e da incapacidade de amar que não aprenderam.
Quem cresce em um lar onde é cada um por si, aprende a não enxergar o seu entorno, cria a sua própria “bolha” como um lugar de autodefesa, desconsiderando a convivência com os demais. Nesse contexto está o “salva-se quem puder”, valendo qualquer atitude que sirva para se manter a salvo.
Isso tudo gera muito sofrimento, porque quem não conhece o amor encontra dificuldades em achar o seu espaço no mundo e na vida das outras pessoas.
O importante é saber que o amor é um sentimento que pode ser aprendido, não importa em que fase da vida nos encontramos. Mas, para tanto, é preciso disponibilidade e o desejo de abrir a alma e o coração.
Que a gente se disponibilize para aprender e ensinar, que a gente nunca se conforme com um coração vazio, sem esperança e bloqueado para enxergar a vida, nós e os outros.
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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