
Acontecem coisas nas nossas vidas que muito provavelmente, ao sofrer imensamente por elas, esquecemos de dar atenção à realidade.
Vejo gente se permitindo sofrer por coisas e relacionamentos tão recentes que sequer conseguiram construir laços verdadeiros.
O que isso tem para nos ensinar?
Que as nossas expectativas, quando frustradas, apontam que o sofrimento está muito mais na fantasia do “para sempre” do que na realidade; está nas carências que gestamos e na falta de autoconhecimento.
Se tivermos serenidade e conseguirmos olhar a vida dentro daquilo que é verdadeiro, observando o que acontece e é para o nosso bem, poderemos facilmente perceber que muita perda não é perda, é livramento!
Sofrer faz parte, o luto da perda também, mas precisamos de critérios pessoais para conseguirmos avaliar: o que e quem, talvez, sim e não.
O sofrimento emocional não deveria estar baseado em tudo o que nos frustra, mas naquilo que permitimos quando não nos amamos o suficiente e deixamos acontecer. Essa reflexão sobre o que merecemos nos dá parâmetros sobre o que aceitar e o que não cabe nas nossas vidas.
Quando decidimos pelo nosso bem, pela nossa paz e pelo direito de ser feliz, tudo o que vier para nos desconstruir não terá espaço.
Precisamos, então, ter mais foco naquilo que merecemos e jamais aceitar menos do que isso.
Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
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