O Presente
Universo Digital

Milhares de seguidores, poucos amigos: a solidão na era digital

Quantos amigos da vida real curtem os seus comentários em conversas presenciais?


calendar_month 15 de fevereiro de 2025
3 min de leitura

A ilusão das conexões virtuais – Em meu último artigo aqui na coluna Universo Digital, vimos como a realidade parece se moldar às predições da ficção. Em uma linha de pensamento muito próxima, sintética e atual, percebemos que nas redes sociais é fácil se impressionar com perfis que acumulam milhares de seguidores. Curtidas, comentários e compartilhamentos dão a sensação de pertencimento, mas a questão que fica é: quantas dessas interações realmente se traduzem em laços profundos?

A realidade mostra que muitos influenciadores e celebridades enfrentam momentos de solidão, mesmo cercados por uma audiência numerosa.

Famosos que partiram na solidão

PC Siqueira foi um dos primeiros youtubers do Brasil (Redes Sociais/Reprodução)
PC Siqueira foi um dos primeiros youtubers do Brasil (Redes Sociais/Reprodução)

O caso de PC Siqueira – que teve novas revelações nesta semana – chamou atenção pelo contraste entre sua popularidade online e o reduzido número de pessoas presentes em seu funeral. Situações semelhantes já ocorreram com outros nomes conhecidos.

Amy Winehouse, por exemplo, apesar de ser amada por fãs ao redor do mundo, viveu seus últimos anos isolada, com poucos amigos de verdade ao seu lado. O ator Robin Williams, que encantou gerações com seu talento, também lutava contra uma solidão profunda, longe do brilho dos holofotes.

A armadilha das redes sociais

O problema não se restringe a famosos. Qualquer pessoa pode cair na ilusão de que popularidade digital significa suporte emocional. No entanto, em momentos de crise, é comum perceber que poucos estão verdadeiramente presentes.

Muitos podem interagir virtualmente, mas são poucos os que atenderiam a um chamado de emergência ou estariam ao seu lado em tempos difíceis.

A importância de cultivar laços reais

Não há problema em manter uma presença digital ativa, mas é essencial equilibrar isso com relações autênticas fora da internet. Valorizar encontros presenciais, construir amizades baseadas na confiança e no apoio mútuo é o que realmente faz diferença quando mais precisamos.

Como construir conexões sólidas

Algumas atitudes podem ajudar a transformar conexões superficiais em amizades verdadeiras:

  • Priorizar encontros presenciais sempre que possível;
  • Demonstrar interesse genuíno pelo bem-estar dos outros;
  • Estar presente nos momentos importantes, não apenas em celebrações;
  • Reduzir a dependência de interações online para validar relações.

Conclusão

O número de seguidores em um perfil pode ser impressionante, mas não substitui o valor de amizades reais. A história de inúmeras personalidades e de anônimos mostra que a solidão pode existir mesmo rodeada de curtidas e comentários.

A pergunta que fica é: quanto tempo você está dedicando a quem realmente estaria ao seu lado quando você precisasse?

Sobre o autor

Tioni Oliveira trabalha há mais de 20 anos com desenvolvimento web, marketing e comunicação digitais, é músico, designer e gerente de projetos na internet. Formado em marketing e pós-graduado em planejamento e organização de eventos, atuou nos bastidores da política regional e local no marketing de quatro campanhas eleitorais, participando também da gestão municipal de 2019 a 2024 em Marechal Cândido Rondon.

 
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