Fale com a gente

Esportes Futebol

Com gols de Moledo e Guerrero, Inter vence o Nacional e avança às quartas de final da Libertadores

Publicado

em

Fotos: Ricardo Duarte/Internacional

 

O gol de Paolo Guerrero nos minutos finais do jogo no Parque Central na semana passada abriu o caminho para o Inter avançar para as quartas de final da Copa Libertadores. Mas faltava confirmar a vaga em Porto Alegre. Na noite de quarta-feira (31), com público recorde no Beira-Rio – 48.530 pessoas – os colorados comemoraram a classificação com nova vitória sobre o Nacional.

O zagueiro Rodrigo Moledo, em seu 150º jogo com a camisa do Inter, foi o responsável por marcar o primeiro gol do novo triunfo, desta vez por 2 a 0, em cima dos uruguaios. A assistência para o zagueiro veio de outro jogador em momento comemorativo: D’Alessandro, que completou 11 anos de Inter na terça-feira (30). No final do jogo Paolo Guerrero ampliou: 2 a 0. O adversário na próxima fase será o Flamengo, que venceu o Emelec nos pênaltis no Maracanã.

Mesmo com a recuperação de Zeca, que voltou de lesão com bom desempenho na vitória sobre o Ceará, no sábado, pelo Brasileirão, Odair Hellmann optou por manter Bruno e Uendel como titulares. Dessa forma, o Inter entrou no gramado do Beira-Rio com a mesma escalação que venceu o Nacional em Montevidéu. No time uruguaio, o técnico Álvaro Gutiérrez contou com o retorno do goleiro Luis Mejía.

A necessidade de vitória para obter a classificação não fez o Nacional mudar seu estilo de jogo. O time iniciou com uma postura de esperar o Inter apostou em lançamentos longos e cruzamentos para tentar levar perigo a Marcelo Lomba. A estratégia, porém, não funcionou. Os uruguaios até tiveram a primeira finalização do jogo, aos 4 minutos, em um chute de fora da área de Cotugno que passou à esquerda do gol colorado. Mas ficou nisso. Logo, a equipe de Odair Hellmann foi impondo seu domínio na partida.

Bastante móvel e participativo, D’Alessandro assumiu o papel de condutor do Inter. Nos pés dele passaram as principais jogadas coloradas. A primeira chance colorada, no entanto, veio dos por outros canhotos. Aos 6, Uendeu deu um belo passe com o lado de fora do pé e encontrou Nico López dentro da área. O camisa 7 cortou o marcador e chutou para defesa de Mejía. Era o início de um duelo entre Nico e o goleiro panamenho.

Nico López estava disposto a acabar com o jejum de quase quatro meses sem gol. Aos dez, Bruno tabelou com D’Alessandro e cruzou na medida para o uruguaio, que acertou um chute de primeira, mas a bola saiu alta. Nico teve outra chance logo depois. Em lançamento de Cuesta, ele recebeu na área, mas Cotugno conseguiu fazer o corte para a linha de fundo, o que acabou custando caro para o Nacional.

D’Alessandro cobrou o escanteio com tamanha perfeição que Rodrigo Moledo nem precisou pular para cabecear. O zagueiro, homenageado com uma placa antes do jogo pela marca se 150 partidas com a camisa colorada, testou a bola com força, sem chances para o goleiro Mejía e fez explodir a torcida no Beira-Rio: 1 a 0.

O gol de Moledo deixou o Nacional sem reação. Nem mesmo a típica garra uruguaia foi demonstrada pelo tradicional clube tricampeão da América. Quem mostrou fome de gol foi Nico López, que seguiu buscando pôr fim ao jejum.

A fase, porém, não ajuda Nico López. O camisa 7 conseguiu mandar a bola para as redes duas vezes antes do intervalo, aos 33 e aos 46, mas ambos lances foram bem anulador por impedimento. Quando não estava impedido, Nico parou em Mejía, que defendeu com o pé uma finalização por baixo do atacante do Inter. O goleiro do Nacional ainda fez outra grande defesa na etapa inicial ao sair de forma arrojada e fechar o ângulo de Patrick, que estava pronto para comemorar aos 32.

Se no primeiro tempo o Nacional iniciou esperando o Inter, a desvantagem de dois gols no placar agregado fez o técnico Álvaro Gutiérrez mudar a postura na volta do intervalo. Os visitantes adiantaram suas linhas e tentaram pressionar, mas esbarraram na própria falta de qualidade.

Os seguidos erros dos uruguaios davam a chance para o Inter contra-atacar. Em um lance assim, o segundo gol colorado quase veio com D’Alessandro. Aos 13, Cuesta iniciou a jogada arrancando em velocidade e tocou para o camisa 10. D’Ale avançou e chutou colocado buscando canto, mas a bola não fez a curva esperada pelo argentino e passou à direita do gol defendido por Mejía.

O técnico Odair Hellmann mexeu pela primeira vez aos 18 do segundo tempo. Rafael Sobis foi chamado para entrar no lugar de Nico López, que, apesar da insistência, deixou o gramado aumentando sua seca de gols para 19 partidas.

Logo depois, o treinador colorado teve de mexer por lesão. Rodrigo Lindoso torceu o tornozelo e saiu para entrada de Nonato. No Nacional, Álvaro Gutiérrez modificou o setor ofensivo com as entradas de Chori Castro, Barrientos e Sebastián Fernández, mas seguiu sem levar vantagem sobre a boa marcação colorada.

Aos 48 minutos do segundo tempo, Paolo Guerrero recebeu de Rafael Sobis e, em chute cruzado de dentro da área, ampliou. Os 48.530 torcedores no Beira-Rio puderam comemorar após o apito final do árbitro Fernando Rapallini a esperada classificação.

 

Com Gaúcha FM/Zero Hora

 

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente