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“Já estamos planejando a temporada 2020”, diz técnico da Copagril Futsal

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Técnico da Copagril Futsal, Fernando Malafaia: “O que definiu o resultado foi a falta de eficácia diante das oportunidades criadas seja coletivamente ou na capacidade individual, culminando na eliminação diante do Umuarama. Pagamos o preço e fomos eliminados” (Foto: Jean Laureth/Copagril)

Prestes a completar meio ano à frente do comando da equipe Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon, o técnico Fernando Malafaia faz uma avaliação da temporada 2019, que culminou na eliminação do selecionado rondonense nas oitavas de final da Liga Nacional de Futsal e nas quartas de final do Campeonato Paranaense Série Ouro. Apesar disso, o time está na semifinal da recém-criada Liga Futsal Paraná (LFP).

Malafaia assumiu como técnico da Copagril no dia 14 de maio, a partir da saída do então treinador Paulinho Cardoso. O time rondonense se encontrava em uma situação difícil em virtude de algumas derrotas nas duas principais competições. “O que for relatado agora pode dar um ar de desculpa, porém quem conhece minha trajetória profissional e de vida sabe que me nego veementemente a este tipo de comportamento. Ao contrário, sou inquieto e movido a desafios diários. O primeiro desafio após minha chegada foi resgatar a identidade do time e elevar a autoestima de cada atleta, uma tarefa difícil diante das imediatas exigências”, declarou à reportagem de O Presente.

“Procuramos fazer com que na preparação diária o desempenho coletivo se tornasse o exemplo da busca por recuperar a autoconfiança da equipe. Evidentemente de maneira serena era preciso colocar em prática meu conceito de trabalho, ou seja, como gosto que minhas equipes atuem e a forma como treino diariamente. Fazer acontecer é algo que necessita do empenho total dos atletas, entendimento, aceitação e participação com o conceito. Estou muito feliz com todos os atletas, pois suas participações foram além da simples prática”, enaltece Malafaia, destacando que houve interação com a proposta através de opiniões e observações. “Isso me deixa profissionalmente feliz, pois é uma das minhas cobranças na gestão de pessoas. A força de um trabalho está na relação de confiança, e ser ouvido e saber ouvir norteiam esta construção”, amplia.

 

OSCILAÇÕES

O treinador salienta que os desafios continuam grandes, sendo que a perda de alguns jogadores, cujas características eram únicas, dificultou o maior equilíbrio de desempenho coletivo. “Isso fez muita falta porque não tivemos essas características individuais a serviço do coletivo, também porque era nítido o quanto estavam encaixados no conceito. As oscilações de rendimento na Liga Nacional eu credito muito a esta situação e também ao desgastante processo ocorrido, cujo reflexo foi a instabilidade emocional em alguns momentos de definir a tomada de decisão. Por mais que estejamos atentos apoiando ou cobrando o trabalho é muito difícil, pois depende da reação pessoal. Claro mesmo é que o prejuízo ocorre coletivamente”, avalia, ao lamentar a eliminação nas oitavas de final perante o Magnus.

Segundo ele, a decepção foi geral na Série Ouro, tendo em vista que a equipe rondonense se saiu melhor nos dois enfrentamentos, mas o que definiu o resultado foi a falta de eficácia diante das oportunidades criadas seja coletivamente ou na capacidade individual, culminando na eliminação diante do Umuarama. “Pagamos o preço e fomos eliminados. A dor foi e é profunda, mas me orgulho da forma como os atletas reagem, buscando dar ao menos uma alegria aos torcedores, familiares e a nós mesmos”, enfatiza.

O técnico diz que este é um ano difícil e que uma análise não pode ser simplificada, como de costume. “A busca deve ser por planejar com maior interação entre todos e entender sempre que o objetivo é único, então mãos à obra com total capacidade de argumentar, ouvir e decidir juntos. Ações conjuntas oferecem menor margem de erros, de forma que já estamos planejando a temporada 2020”, revela.

 

PLANEJAMENTO

Em relação ao seu futuro na Copagril, Malafaia assegura que assim como qualquer profissional sensato não sairia de onde estava por cinco temporadas completas atingindo todos os objetivos e mudando a instituição de patamar no cenário nacional se não por um acordo de projeto longo. Ele veio da Assoeva, do Rio Grande do Sul, para comandar a Copagril. “Montagem de elencos com bom e pouco investimento são exemplos que tenho em minha carreira, mas é bom ressaltar que planejamento e estratégias são fundamentais para minimizar dificuldades. Além do mais, é importante entender que o mercado oferta oportunidades, contudo também existem ameaças, aliás esta balança é o termômetro em qualquer ciclo profissional. Traçar um plano de ação com início, meio e fim, obedecendo uma linha de conduta, nos fortalece a atingir metas, aproveitar oportunidades e capacitar a saber lidar com as ameaças”, frisa.

 

EQUILÍBRIO

O treinador ressalta que em toda sua carreira desenvolveu ações de forma compartilhada com direção e comissões técnicas, focado em atingir suas metas por etapas e não por expectativa por conta disso ou daquilo. “A busca requer muito equilíbrio nas atitudes e construções. Uma clara definição de que a cobrança é por alto rendimento e produtividade, que as decisões necessariamente devem ocorrer com avaliação em um todo e que a paixão seja por ofertar ao torcedor o melhor de nossas capacidades e empenho. Quando estes pilares trabalham em harmonia certamente as oportunidades são conquistadas”, finaliza.

 

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