Liderado por Suko, Corinthians/Mais Energia Solar busca classificação no Municipal Rondonense

Desde que vestiu a camisa número 1 pela primeira vez pelo time, há 15 anos, Cristiano Metzner vem alternando temporadas, mas faz parte de importantes conquistas da história recente do tradicional clube rondonense, como os Regionais de 2010 e 2011 e o Municipal de 2017

EC Corinthians/Mais Energia Solar precisa de um empate contra a AABB para seguir no Municipal (Foto: Divulgação)

“O Corinthians é mais que um simples time de futebol, é uma família”. Com essa frase, Cristiano Metzner (Suko) define o sentimento de quem vestiu a camisa número 1 do Corinthians de Margarida pela primeira vez há 15 anos, na Taça Paraná 2006, e de lá para cá, alternando temporadas sem atuar por motivos pessoais ou lesões, fez parte de importantes conquistas da história recente do tradicional clube rondonense, como os Regionais de 2010 e 2011 e o Municipal de 2017.

Muitas vezes escolhido pelo técnico Robson Nunes para usar a braçadeira de capitão, dividindo a responsabilidade com outros nomes históricos do Corinthians, como o meia-atacante Paulinho Giesel e o zagueiro Eduardo Vorpagel, Suko faz questão de demonstrar aos atletas mais jovens o que significa vestir a camisa do time de Margarida.

“Minha relação com o Corinthians é fantástica e vem de longa data. Não é um simples time de futebol, é uma família, porque independente da vitória ou derrota vamos para a confraternização, conversamos sobre a partida, damos risada, as esposas e namoradas participam. Sempre demonstramos muita vontade de ganhar. Sair de casa no fim de semana para jogar bola, muitas vezes deixar a família, não é fácil, então queremos fazer valer toda essa dedicação. Quando me comprometo a jogar, assinar a ficha, tenho isso como um compromisso muito sério. Procuro não faltar e dar o melhor em campo. Esse é meu perfil e esperamos isso de todos”, afirma.

Alívio

Após começar o Municipal 2021 com duas derrotas, para a Rovinni FC e o Grêmio Aimoré, o EC Corinthians/Mais Energia Solar entrou em campo na última rodada pressionada pela possibilidade de ser eliminada ainda na 1ª fase com uma rodada de antecedência. Mas a goleada por 4 a 1 sobre o Guarani, na casa do adversário, aliviou a situação. Agora, o time comandado por Robson Nunes precisa apenas empatar com a AABB, no domingo (21), em Margarida, para avançar às quartas de final.

 

 

 

“Fizemos dois primeiros jogos ruins, com derrotas, poucos jogadores e tivemos a necessidade de cobrar a presença de mais atletas no jogo com o Guarani. No papel nosso time é fantástico, sempre foi, mas o que vale é dentro de campo, a vontade de jogar, independente do nome. O pessoal compareceu, honrou a camisa do Corinthians e fizemos um grande jogo, assim como será contra a AABB, outra grande equipe. Queremos valorizar muito esse clube fantástico que é o Corinthians de Margarida. Sempre passamos da 1ª fase, como destacou o professor Robson antes do último jogo. Essa é a vontade de cada jogador, do Bira, grande pessoa e dirigente que nos dá toda estrutura, e temos que valorizar isso. Gostamos de futebol e precisamos um do outro, sempre nos respeitando, pois no outro dia temos que trabalhar, ninguém aqui vive do futebol, então temos que curtir, se divertir e praticar um esporte que a gente gosta e promover a saúde. É muito bom fazer parte disso”, enfatiza o goleiro, lembrando que a mescla da experiência dos veteranos, como ele, Eduardo, Bolha, Diego Silva, Paulinho Giesel e Marcio Rauber, com a energia da “piazada”, casos de Ander Lima, Fernando, Iago, Ferreirinha e Ruan, é a fórmula necessária para uma equipe ser produtiva.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ajuda ao time e ao esporte local

Aos 42 anos e com dores na coluna, a ideia inicial de Suko para essa temporada era não disputar o Municipal para focar na sua recuperação. Mas a “teimosia” e o fato de Maga, outro goleiro com muita história no futebol amador rondonense, também estar machucado, o levaram a vestir a camisa amarela do “Timão” mais uma vez.

Ex-secretário de Esporte e Lazer e atual vereador de Marechal Rondon, Suko diz fazer o possível para contribuir. Em campo, com o Corinthians. Fora dele, com o desenvolvimento do esporte local. “Não estou 100% fisicamente, tenho um problema na coluna, mas estou substituindo o Maga, que também está machucado. Minha ideia não era disputar o Municipal este ano, mas não achamos outro goleiro, e por gostar muito de jogar e ser um pouco teimoso nesse momento, vou dar meu melhor e fazer o possível para ajudar o time. É uma satisfação poder ajudar na medida do possível e colaborar com o esporte rondonense, em especial o futebol, que sempre é uma das modalidades que chamam atenção e trazem mais meninos a praticar atividade física e ter o esporte na sua vida. Na minha atual condição de vereador e ainda no tempo como secretário de Esporte sempre lutei por tudo que é possível para promover o esporte, a saúde, atividade física e exercício”, destaca.

Negrinho, que sofreu um grave acidente de carro em 2015 e mesmo não conseguindo mais ajudar o Corinthians dentro de campo, sempre fez parte da “Família Corinthians” (Foto: Divulgação)

O futebol, as amizades e o fator “Negrinho”

Desde que chegou a Marechal Rondon, em 2000, vindo de Santa Helena para cursar Educação Física na Unioeste, Suko tem no esporte, notadamente o futebol, um lugar no qual as grandes amizades valem mais que qualquer título.

“O futebol me proporcionou muitas amizades desde que cheguei a Marechal Rondon. Conheci o atual prefeito Marcio Rauber em torneios da AABB e depois aqui no Corinthians. De lá para cá sempre tivemos essa parceria também dentro dos campos. O próprio Robson, como técnico e amigo, o Paulinho Giesel, grande cara que gosta muito de futebol e uma referência dentro do Corinthians; o Espícula, uma grande figura, parceiro que topa qualquer parada. Tem ainda o Jove; o Eduardo, um cara fantástico, raçudo, que puxa o time dentro de campo; e o Bolha, que agregou muito quando veio para a equipe. São muitos nomes especiais”, considera Cristiano, fazendo questão de lembrar a importância de Marlon Winter, o Negrinho, que sofreu um grave acidente de carro em 2015 e mesmo não conseguindo mais ajudar o Corinthians dentro de campo, sempre fez parte da “Família Corinthians”.

“A situação do Negrinho, que era um excelente zagueiro, fortaleceu muito o grupo, especialmente fora de campo. Na época do acidente todos se uniram, visitando e torcendo por ele, e hoje ele é um personagem que toca todo o grupo. É uma amizade que transcende o futebol”, define.

Bira e as Margaridas

Se dentro de campo quem tenta dar espetáculo são os jogadores, nos bastidores a certeza do show fica por conta das “Margaridas”, grupo formado por esposas e namoradas. “Não podemos esquecer da força que temos fora de campo, que são as Margaridas, um grupo muito organizado, que faz seu próprio evento, então esse fator extra campo é muito forte no Corinthians e as Margaridas fazem parte de tudo isso. Mas o grande segredo do Corinthians é o pé-de-moleque da Soila, doce que ela faz e que depois do jogo todos esperam”, entrega Suko, enaltecendo o trabalho do diretor esportivo Ubiratan Clasen.

“O Bira faz um trabalho esportivo, social e cultural fantástico, é um clube que desenvolve ações muito importantes dentro da comunidade. Uma coisa muito legal também são jogadores da sede representar um time do interior, um grande distrito que é Margarida, onde temos amigos muitos legais que fizemos e têm uma representatividade social muito grande dentro da cidade”, completa, ressaltando o fato do Corinthians ter duas equipes no Municipal Amador, através do Corinthians/American Nutrients, que já está classificado no grupo A.

Classificações

Neste final de semana, chega ao fim a fase de classificação do Campeonato Municipal de Futebol Amador 2021 – Copa Cercar/Sicoob/Chopp Verde, com quatro partidas definindo os classificados para as quartas de final.

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