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Esportes Certame tradicional

Liga Rondonense decide manter realização do Campeonato de Futebol Amador

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Presidente da Liga Rondonense de Esportes, Ireneo Kühl: “Está tudo pronto. É só dar prazo médio de 30 dias para que as equipes se reorganizem e os atletas treinem, para daí iniciar o certame” (Foto: Joni Lang/OP)

Um dos segmentos que mais tem sofrido com as exigências impostas para conter a propagação da Covid-19 é o esportivo, que necessita da aglomeração de pessoas nas praças esportivas para incrementar as finanças e com isso manter os salários dos jogadores em dia, bem como honrar os compromissos dos clubes.

Em entrevista ao O Presente, o presidente da Liga Rondonense de Esportes, Ireneo Kühl, salienta que a interrupção de treinamentos e dos campeonatos gera queda absurda nas receitas dos clubes, sendo que inúmeros têm dificuldade em deixar a folha em dia. “As medidas restritivas que impedem a aglomeração de pessoas e os treinos presenciais também interferem no andamento de competições municipais e regionais, como é o caso do Campeonato de Futebol Amador de Marechal Cândido Rondon”, lamenta.

Previsto para iniciar na segunda quinzena de março, o certame teve seu pontapé inicial suspenso, pois o decreto determinando medidas restritivas no município passou a vigorar quando a competição estava prestes a começar, o que provocou a paralisação da disputa. “Fizemos reuniões entre a diretoria da Liga e com dirigentes das equipes e há poucos dias a diretoria da Liga decidiu manter a realização do Campeonato Municipal. A nossa expectativa é realizar no segundo semestre, logicamente obedecendo todas as normas. A partir do momento que tiver uma liberação no sentido de poder reunir público, naturalmente o campeonato começa”, adianta Kühl.

Segundo ele, está tudo pronto. “As equipes inscritas, tabela elaborada e cada um sabendo o que deve ser feito. É só dar um prazo médio de 30 dias para que as equipes se reorganizem e os atletas treinem, para daí iniciar o certame. Mas, independente do período que realizarmos, não tem problema se o campeonato se estender até o começo do ano que vem, no verão, uma época boa. As pessoas estão ansiosas para jogar futebol. Todo mundo, desde atleta, dirigente e público quer ter oportunidade de atrativo”, destaca.

 

ÚNICA DIVISÃO

O presidente da Liga informa que diferente de anos anteriores, quando foram disputadas as Divisões Ouro e Prata, desta vez o Campeonato de Futebol Amador reunirá 12 equipes em uma única divisão. “Também planejamos fazer um campeonato nas categorias de base, sub-17, o que de momento está parado. Marcar ou prever data é complicado, porém assim que tiver definição, independente de mês, nós vamos começar, pois a competição está pronta, as equipes inscritas e tudo encaminhado”, frisa.

 

ESTADUAIS

Kühl menciona que jamais seria possível imaginar uma situação como a paralisação de treinamentos e de campeonatos estaduais, entre outros. “Mas, a realidade está aí e no profissional a coisa é mais complicada, pois envolve grande logística. A paralisação não dá retorno financeiro e vários clubes estão na iminência de falir, portanto, desesperados”, expõe.

De acordo com o dirigente esportivo, havia grande expectativa para o Cascavel fazer uma boa campanha no Campeonato Paranaense. “Mas isso tudo agora caiu por terra, esfriou. O Cascavel vinha numa ascendente, com grande chance de se tornar campeão paranaense. Nesse aspecto os grandes da Capital, como Athletico e Coritiba, terão vantagem quando recomeçarem, porque o Cascavel não teve sequência. Tomara que consiga recuperar, porque era um plantel muito bom, uma equipe que para a nossa região era de alta qualidade. Era um projeto bom ao Paranaense, Brasileiro Série D, entretanto, infelizmente tudo parou”, pontua.

Ele cita, ainda, o caso do Campeonato Gaúcho, que pode começar sem público. “O que é muito complicado porque o lado financeiro fala mais alto, uma vez que os custos são muito altos. O futebol profissional depende exclusivamente de finanças, desde o público com sua presença, a grande massa de patrocinadores, a mídia, o retorno do direito de imagem. Não tendo competição tudo para, ou seja, cofres raspados! A expectativa é de finais dos estaduais de maneira mais fria, no entanto, com o compromisso de terminar, e tomara que se consiga. Também há o Brasileirão, que precisa ser reestudado para que tenha melhor condição e público, que está ansioso”, observa.

 

DISPUTAS

Na opinião de Kühl, uma opção é estender os campeonatos para o início do ano. “Penso que poderia ser feito o campeonato deste ano de forma mais curta, com readaptação da grande mídia para ter motivação e gerar uma rivalidade maior. Eu faria dois grupos mais curtos para terminar até começo do ano e ter calendário aberto para ano que vem seguir com as disputas completas”, sugere.

Ele menciona que ao acompanhar noticiários do esporte internacional observou haver nivelamento por baixo, com redução na faixa de 30% a 40%. “Grandes clubes da Europa também passam por dificuldades financeiras, então a situação é complicada até nesse aspecto. Vejo que o futebol será reestudado, as equipes regionais, estaduais e do Brasil terão investimento mais enxuto. Os valores altos penso que serão daqui para a Europa, mas não mais internamente”, opina, emendando: “o futebol ainda é o carro-chefe do esporte, por isso merece ser reavaliado para manter torcida e investimentos, mesmo que menores”.

 

O Presente

 

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