Fale com a gente

Esportes Mudanças na forma de trabalhar

Novo técnico da Copagril quer equipe extremamente competitiva

Publicado

em

Técnico da Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon, Paulinho Cardoso: “Sendo competitiva, a equipe tem como conquistar tudo aquilo que disputar. Para isso devemos falar uma única linguagem” (Foto: Joni Lang/OP)

 

Depois de atuar por sete temporadas consecutivas na função de treinador do Minas Tênis Clube, de 2012 a 2018, Paulo César Cardoso (Paulinho Cardoso) foi anunciado algumas semanas atrás o novo técnico da equipe Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon e já dá mostras de como será realizado o trabalho na temporada 2019.

Formado em Educação Física, Paulinho foi atleta de futsal na posição de ala do início da década de 1980 até o começo dos anos 1990, tendo como principais equipes a Sadia e a Embraco (Joinville – SC), sendo vice-campeão brasileiro pela Sadia em 1991. No ano de 1993 deu pontapé na carreira de técnico, trabalhando com a Ulbra, Joinville, Goiás, Umuarama e Minas.

Entre as conquistas como treinador estão os bicampeonatos Paranaense e Catarinense; cinco vezes 3º lugar da Taça Brasil; duas vezes 3º lugar na Liga Nacional de Futsal pelo Goiás, Ulbra e Umuarama; campeão da Taça Brasil com o Minas em 2012, vice-campeão da Libertadores no ano seguinte e sete vezes campeão mineiro (2012 a 2018).

ESTRUTURA BOA

Após reunião nesta semana com a diretoria da Associação Atlética e Cultural Copagril (AACC), mantenedora do projeto de futsal da Copagril, ocasião em que foi recepcionado pelo presidente da AACC, Enoir Primon, o novo treinador do selecionado rondonense concedeu entrevista exclusiva ao O Presente. Na oportunidade, ele enalteceu que conhece a Copagril desde 2007, quando atuava em Umuarama. “Para mim é uma honra ser técnico da Copagril, equipe que vi crescer ao longo de todos esses anos devido aos excelentes trabalhos de Marquinhos Xavier e Paulinho Sananduva. Marquinhos por abrir as portas e Sananduva por recolocar a equipe no ponto alto em nível nacional”, declarou.

Segundo Paulinho Cardoso, comandar a Copagril será um novo desafio em sua carreira. “Venho do Minas Tênis Clube, já trabalhei no Umuarama quando do bicampeonato em 2007 e 2008 e do 3º lugar na Liga Nacional em 2009, portanto conheço bem a história da Copagril, que é um time muito bem estruturado e com projeto muito sério”, enfatizou à reportagem.

COMPETIÇÕES

Em relação às competições na temporada 2019, o técnico lembra que, embora os jogadores já estivessem contratados antes do anúncio dele como comandante do time rondonense, trata-se de uma equipe muito qualificada para encarar as disputas previstas para este ano. “É importante saber que o Paranaense Série Ouro é o básico para uma equipe que investe como a nossa, ou seja, precisa disputar a final do Estadual. Na Liga Nacional nosso investimento está entre os maiores, mas não faz parte do grupo dos quatro, pois em termos de dinheiro há quatro times que entram com o objetivo de vencer a Liga Nacional, sendo eles Joinville, Corinthians, Magnus e Carlos Barbosa”, evidencia.

O treinador enaltece que a Copagril Futsal integra o outro bloco que investe bem. “A meta clara é figurar entre os quatro, porque em três anos a equipe ficou entre os quatro (2º lugar em 2010 e 3º nos anos de 2016 e 2018), enquanto o Paranaense é dever de casa. Agora, não se pode dizer que não vamos brigar pelo título. Claro que vamos lutar por ele. Precisamos ter metas claras de chegar entre os quatro na Liga Nacional, mas o Paranaense é dever de casa. A partir daí junta trabalho e entram fatores contextuais que possibilitam brigar pelo título”, expõe.

JOGADORES

Até o momento, Paulinho Cardoso manteve contato extraoficial com o grupo de atletas, no entanto as trocas de ideias são diretas com a comissão técnica para planejar as atividades deste início de ano. “Conheço todos os jogadores do elenco. Vamos trabalhar de maneira diferente do que vinha acontecendo. Essa será a adaptação, porque o nosso trabalho é muito mais voltado à parte real do jogo em termos técnicos, táticos, físicos, portanto é uma coisa só, então requer outra situação, maior controle de carga do que especificamente trabalho físico. Nós temos 16 atletas, sendo desnecessário priorizar uma competição. O que devemos fazer é ser inteligentes para determinar quais dias vamos jogar para evitar acúmulo e não botar em xeque compromissos importantes, seja no Estadual ou na Liga”, revela.

Segundo o treinador, a metodologia a ser implantada é contextual, imaginando o jogo e tudo o que for feito todos os dias, com uma forma única que não acontece no país. “Não trabalhamos aspectos que não sejam reais para o que vamos desempenhar”, avisa.

Paulinho Cardoso diz que a desclassificação no Paranaense para o Matelândia foi em uma disputa simples, porém agora não cabe mais julgamento. “Precisamos levar em conta a base forte que superou momentos de estresse. Pela média dos jogos que vimos, por ter chegado entre os quatro de uma Liga Nacional tão difícil e vencer o Carlos Barbosa dentro de Carlos Barbosa, tudo isso prova que a Copagril é sim uma equipe competitiva. Esses atletas que estão chegando precisam se adaptar à cultura da cidade, da AACC e da metodologia a ser desempenhada para buscar os resultados almejados, cuja perspectiva é muito boa”, salienta.

OBJETIVOS

Apesar da apresentação oficial estar agendada para o próximo dia 25, Paulinho Cardoso e a comissão técnica seguem alinhando detalhes visando aos trabalhos da pré-temporada. Até lá, o treinador mantém compromissos ministrando cursos já programados em outras localidades do país.

No dia 25 o preparador físico Raphael Martins deve analisar os dados antropométricos dos atletas para na sequência a equipe ser submetida a exames cardiológicos e outros. “Na segunda (dia 28) começamos a parte específica no trabalho global com bola visando a parte física. O Raphael está estruturando o planejamento daquilo que eu desejo implantar na equipe para atender os objetivos definidos pela diretoria”, menciona.

O objetivo máximo, enaltece o treinador, é tornar a equipe extremamente competitiva. “Sendo competitiva tem como conquistar tudo aquilo que for disputar. Para isso devemos falar uma única linguagem. Todos que chegarem precisam se inserir na cultura para desenvolver o quadro e se entregar a esta cidade que respira futsal”, finaliza o novo técnico da Copagril.

 

O Presente

Copyright © 2017 O Presente